sexta-feira, 5 de abril de 2013

Servidores públicos de Santos rejeitam propostas da Prefeitura

Eles querem 16% de reajuste de salário e mais alguns benefícios. Servidores organizam manifestação neste sábado (6). Os servidores municipais de Santos rejeitaram, na noite desta quinta-feira (4), a proposta de reajuste salarial da Prefeitura. A categoria se reuniu em assembleia para tomar a decisão. Os servidores públicos querem 16% de reajuste de salário e mais alguns benefícios. A assembleia durou cerca de 2 horas. Os sindicalistas apresentaram para os servidores públicos as propostas da Prefeitura de Santos. O Governo ofereceu de imediato 8% de abono, um dinheiro a mais que não entra no cálculo de férias e fundo de garantia, por exemplo. Depois, a partir de dezembro, este valor entraria como reajuste salarial. O município também aceitou pagar cesta básica para 3.500 funcionários com nível universitário e 0,25%¨para a Caixa de Pecúlio dos Servidores Públicos. As propostas foram avaliadas por sindicalistas e por 12 servidores. Após a avaliação, o Sindicato votou as propostas encaminhadas pela Prefeitura de Santos. A maioria dos servidores não aceitaram o abono de 8%. A categoria já marcou uma nova assembleia para a próxima quarta-feira (10). Durante a assembleia, os servidores decidiram que vão fazer uma manifestação no próximo sábado (6) durante o Congresso de Municípios que acontece em Santos. O Sindicato afirma que vai manter o pedido de reajuste salarial de 16%. "O abono é um dinheiro completamente solto que se perde quando a gente avalia aquilo que efetivamente o servidor tem no seu holerite. Esse dinheiro simplesmente desaparece", afirma Flávio Saraiva, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Santos. A Prefeitura de Santos informou que não pode dar o reajuste solicitado. A justificativa é que o aumento superaria o limite de gastos com funcionários previsto na lei de responsabilidade fiscal. FONTE:http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/

sexta-feira, 29 de março de 2013

Crack, desinformação e sensacionalismo

Escassez de dados sobre consumo de crack no território nacional coloca em xeque estratégias de enfrentamento do problema. Por André Antunes do Rio de Janeiro (RJ) “Nós temos que dar para esse problema do crack um tratamento de surto epidêmico. Todo agravo à saúde que apresenta uma variação no número de casos que supera a série histórica, que muda o seu perfil regional, de localização dessa ocorrência e que ultrapassa grupos tradicionais e começa a acometer outros grupos é [considerado uma] epidemia. E esse é conceito que o Ministério da Saúde, o conjunto do governo e a sociedade assumem”. A frase foi dita pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em uma coletiva de imprensa no final de 2011, durante o lançamento do programa ‘Crack: é possível vencer’, do governo federal. A ideia de que o Brasil vive uma epidemia de crack serviu de alicerce para a implantação do programa, para o qual foram destinados R$ 4 bilhões, e que trouxe algumas medidas polêmicas para frear o avanço do consumo desta droga pelo país, como a internação compulsória e o apoio às chamadas comunidades terapêuticas (a revista Poli n° 22, de março e abril de 2012, dedicou uma matéria ao programa e seus pontos polêmicos). Mas não são apenas nas palavras de Padilha que a preocupação com a dita ‘epidemia de crack’ se expressa. Basta, por exemplo, abrir o jornal, de onde brotam manchetes como: ‘Consumo médio de crack é de 1 tonelada por dia e sistema de saúde atende 250 mil usuários por mês’; ‘Epidemia de crack no Brasil lembra os EUA em 1980’; ‘Consumo de crack avança na capital federal’; ‘Usuários de crack na cidade podem chegar a 6 mil’; ‘Crack já chega ao interior do estado’; ‘Avanço do crack: pontos de consumo aumentam’; ‘Brasil é o maior consumidor mundial de crack’; ‘Rascunhos do futuro: epidemia de crack já provoca evasão escolar e até morte de alunos’; ‘Crack ajuda a elevar estatísticas de homicídios no país’; ‘Consumo de crack cresce sem controle no Brasil’. Vale lembrar que todas as matérias foram publicadas nos últimos seis meses. Mas quanto disso tem embasamento em dados concretos e pesquisas confiáveis e quanto pode ser considerado alarmismo e sensacionalismo, frutos do desconhecimento a respeito da droga? Quem e quantos são realmente os usuários de crack hoje no país? Pesquisadores da área ouvidos pela Poli alertam para o fato de que os dados com abrangência nacional são esparsos e mesmo os que existem são muitas vezes negligenciados na hora de planejar políticas efetivas para dar conta do problema. Além disso, especialistas veem no pânico social causado pela enxurrada de notícias e informações desencontradas sobre o crack uma maneira de garantir apoio para medidas que ferem princípios constitucionais e de direitos humanos. Epidemia? Sergio Alarcon, psiquiatra e doutor em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz), explica que pesquisas de abrangência nacional acerca do consumo de crack existem, mas ressalta: “o problema não é exatamente a inexistência de pesquisas, mas que as pesquisas sobre drogas são antigas ou parciais – como, por exemplo, as baseadas em inquéritos domiciliares – ou então têm metodologias discutíveis – como as que avaliam o crescimento da circulação de uma droga a partir do número de apreensões realizadas pelos aparelhos repressivos”, complementando em seguida: “Falar que estamos vivendo uma epidemia do crack baseado nesses dados é no mínimo leviano – para não dizer absurdo – do ponto de vista científico”. Além disso, como aponta Marco Aurélio Soares Jorge, professor pesquisador da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), o emprego do termo ‘epidemia’ para falar do abuso de crack no país – além de referendar uma imprecisão estatística – traz para o debate público um preconceito a respeito dos usuários. “A palavra epidemia é péssima, perigosa inclusive, porque dá a ideia de uma coisa contagiosa. Vamos imaginar que eu seja usuário de crack e estou junto de você. Você vai se contagiar e começar a fumar crack? Óbvio que não, mas epidemia é assim. Acredito que falar em epidemia de crack serve até para colocar uma questão que é social como uma doença. E aí os usuários de crack passam a ser vistos como perigosos, pessoas que podem contaminar a sociedade”, critica. Expansão do crack Ainda que os levantamentos já realizados sejam parciais e antigos, como apontou Alarcon, a análise de alguns dados presentes neles mostra que, de fato, o consumo de crack vem se expandindo pelo território nacional. Circunscrito inicialmente a São Paulo, onde já no início da década de 1990 foram identificadas cenas de consumo da droga, o crack espalhou-se pelo Brasil, e hoje já é possível encontrá-lo em todo o país. É o que aponta o II Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, de 2005, pesquisa do Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo (Cebrid/Unifesp). Com base em cerca de 8 mil entrevistas realizadas nas 108 cidades do país com mais de 200 mil habitantes, o levantamento levou em conta tanto as drogas lícitas, como o álcool e o tabaco, quanto as ilícitas, como o crack, a maconha e a cocaína, apresentando uma estimativa do número de pessoas que já haviam feito uso na vida e as que eram dependentes de cada uma destas substâncias, como também um perfil parcial dessas pessoas. Além disso, o levantamento também traz alguns dados sobre a percepção das pessoas a respeito da facilidade de se obterem drogas e de sua periculosidade. O estudo apontou que 0,7% dos entrevistados – o que corresponde a uma população estimada de 381 mil pessoas – já havia feito uso de crack na vida. Os maiores índices foram observados entre homens na faixa etária de 25 a 34 anos (3,2%) e de 18 a 24 anos (1,1%). No primeiro levantamento do tipo realizado pelo Cebrid, em 2001, o índice de entrevistados que havia feito uso de crack foi 0,4% – uma população estimada de 189 mil pessoas. A maior prevalência também era encontrada entre os homens adultos, mas o índice era menor do que o encontrado em 2005: 1,2% na faixa etária de 25 a 34 anos e 0,9% na faixa de 18 a 24 anos. De acordo com o levantamento de 2005, a região Sul foi a que teve a maior porcentagem de entrevistados que afirmaram ter consumido crack na vida, 1,1%, seguida pela região Sudeste, com 0,9%, pelo Nordeste, com 0,7% e pelo Centro-Oeste, com 0,3%. Embora não tenha sido identificado consumo de crack na região Norte, o estudo apontou 0,8% de entrevistados que relataram ter feito uso da merla, que, assim como o crack, é derivada da pasta de cocaína, consumida em pedras que são fumadas. O consumo de merla também foi identificado no Centro-Oeste (0,3% dos entrevistados relataram ter feito uso), no Nordeste (0,2%), no Sul (0,2%) e no Sudeste (0,1%). Para efeito de comparação, a pesquisa de 2005 apontou que a prevalência do consumo na vida de álcool foi de 74,6% dos entrevistados e a de tabaco foi de 44%. O estudo também apontou que 12,3% dos entrevistados eram dependentes de álcool, e, 10,1%, do tabaco. Com exceção do álcool e do tabaco, as drogas lícitas mais consumidas foram os solventes, que tiveram índice de uso na vida de 6,1% e de 0,3% de dependentes; seguidos pelos ansiolíticos, com 5,6% de uso e 0,5% de dependentes, e as drogas estimulantes do apetite, com 4,1% de uso. Entre as drogas ilícitas, a primeira em termos de consumo foi a maconha: 8,8% dos entrevistados afirmaram já ter consumido durante a vida e o índice de dependentes foi de 1,2%. Já a cocaína foi consumida por 2,9% dos entrevistados. Com base nos dados disponíveis, o professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Tarcísio Andrade, questiona o excesso de atenção que o crack vem recebendo do poder público e da grande mídia em detrimento de outras drogas. “O uso de cocaína cheirada ainda é superior ao uso do crack, e maconha então é bastante superior. Mas nós temos falado de crack como se ele fosse prevalente sobre todas as outras drogas”, critica. Em sua opinião, a droga vem sendo usada politicamente como forma de as prefeituras garantirem recursos do programa federal de combate ao crack apoiadas na escassez de dados sobre seu consumo. “Quando o governo anunciou R$ 4 bilhões para o crack, logo em seguida saiu uma pesquisa dizendo que a grande maioria dos municípios tinha problema com seu uso. Da maneira como a nossa política funciona, se a pessoa sabe que tem recurso disponível e você chega à cidade e pergunta se tem problema com o crack, é claro que ele vai dizer que tem”, aponta Tarcisio, fazendo referência a uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) que apontava que o crack era um problema em 98% dos 3.950 municípios ouvidos pela pesquisa. O levantamento foi feito com base em um questionário em que os gestores municipais tinham que responder se a cidade enfrentava ou não problemas relacionados ao consumo de drogas e, em caso de resposta afirmativa, tinham que dizer com qual droga; as únicas alternativas possíveis eram ‘crack’, e ‘outras drogas’. Tarcisio arremata: “Temos um problema com o uso de crack? Temos, mas ele não tem a dimensão que está posta. Por consequência dessa amplificação, desse pânico social, acaba-se fazendo um diagnóstico errado e tomam-se medidas supostamente terapêuticas também equivocadas”. (Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz) FONTE: http://www.brasildefato.com.br/node/12491

quarta-feira, 13 de março de 2013

Igreja Católica Romana escolhe o novo Papa!

Depois de cinco votações chega ao fim o Conclave, a confirmação foi levada ao mundo através da esperada fumaça branca que brotou da chaminé instalada na Capela Sistina no Vaticano. Os Cardeais elegeram o novo Chefe da Igreja Católica Romana. O escolhido foi o Cardeal Argentino Jorge Mario Bergoglio que escolheu ser chamado de Papa Francisco I.

segunda-feira, 11 de março de 2013

São Vicente-SP: Polícia Militar, Polícia Federal e Guarda Civil Municipal (GCM) realizam reintegração de posse no Bairro Jóquei Clube.

Uma grande Operação da Polícia Militar com o apoio da Polícia Federal e da Guarda Civil Municipal (GCM) de São Vicente realizaram na tarde de hoje, a reintegração de posse dos conjuntos habitacionais Primavera e Penedo no Bairro Jóquei Clube em São Vicente. A operação começou às 07h da manhã, quando um elevado número de viaturas da Polícia Militar e representantes da Polícia Federal já estava apostos em frente aos conjuntos habitacionais. Segundo informações da prefeitura de São Vicente o local tinha sido ocupado de forma irregular por cerca de 700 famílias há pouco mais de um mês atrás. Por volta das 10h da manhã já se encontrava no local cerca de trinta viaturas da PM, além de viaturas da Polícia Federal e da Guarda Civil Municipal (GCM). Na operação a PM contou ainda com o apoio de cerca de dez homens do Pelotão de Cavalaria. Durante todo o período da manhã, os policiais bloquearam a entrada dos conjuntos, impedindo a entrada das famílias que ocuparam os imóveis. Foi permitida apenas a entrada monitorada para a retirada dos móveis e pertences dos ocupantes. Caminhões, carros e carroceiros carregavam os pertencem dos moradores durante toda a manhã. Isso só foi possível, porque a Juíza Federal que concedeu a reintegração de posse a pedido da Caixa Econômica Federal(dona dos imóveis), determinou que fosse feita uma negociação com as famílias ocupantes dos imóveis para que saíssem pacificamente, caso houvesse alguma resistência, a partir das 11h da manhã a polícia faria uso da força para retirar as famílias. Os conjuntos que pertencem a Caixa Econômica Federal possuem 500 apartamentos, foram construídos para atender as famílias que moram em palafitas no Bairro do México 70. Na execução da obra já foram gastos 12 milhões, porém, está abandonada desde 2005 quando a construtora alegou falência. O engraçado é a forma como a mídia burguesa leva essa informação à população da cidade e região. Segundo a mídia, todas as famílias foram retiradas do local de forma pacífica, “não houve nenhuma resistência”. Fica a pergunta! Diante desse gigante aparato repressivo que envolveu: Polícia Militar, Polícia Federal, GCM, entre outros órgãos de repressão do Estado, “qual a possibilidade de uma reação não pacífica” que essas famílias tinham??? FONTE: http://brasilumpaisemconstrucao.blogspot.com.br/

terça-feira, 5 de março de 2013

Morre aos 58 anos o presidente da Venezuela Hugo Chávez

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, morreu na tarde desta terça-feira, aos 58 anos, em Caracas. Ele lutava contra um câncer desde junho de 2011 e, após realizar um tratamento em Cuba contra a doença, havia voltado ao país natal em fevereiro deste ano. Desde que foi reeleito mais uma vez, em outubro de 2012, o líder venezuelano apareceu em público poucas vezes, a maioria delas para liderar conselhos de ministros no Palácio de Miraflores. Chávez também deixou de utilizar frequentemente sua conta na rede social Twitter. A falta de informações e detalhes sobre a doença e a presença menos frequente de Chávez em eventos desde que anunciou a luta contra o câncer alimentaram os rumores de que seu estado de saúde poderia ser mais grave do que o governo queria divulgar. Em 30 de junho de 2011, o presidente confirmou que havia sido operado em razão de um câncer. Chávez voltou à Venezuela dias depois e voltaria a Cuba nos meses seguintes para sessões de quimioterapia. Em pronunciamento, o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu que o povo venezuelano enfrente este momento "com o amor que Chávez ensinou". O vice-presidente encerrou a fala com a frase: "Viva Hugo Chávez! Viva para Sempre". Por causa da morte do presidente da Venezuela, a presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria à Argentina na próxima quinta-feira. Ela iria a El Calafate para reuniões bilaterais com a presidenta argentina, Cristina Kirchner. O governo da Argentina também confirma o cancelamento das reuniões. Dilma e Cristina devem comparecer ao velório de Chávez. Cristina Kirchner também suspendeu toda a programação oficial desta terça-feira, após o anúncio da morte de Chávez. A presidenta argentina tinha planejado anunciar investimentos na educação, que foi cancelado de última hora. História Hugo Chávez assumiu a Presidência da República pela primeira vez em 1999 e foi duas vezes reeleito para o cargo – a última delas em outubro do ano passado, quando derrotou Henrique Capriles. Como paraquedista militar, Chávez sempre se orgulhou da disposição física. Era praticante de beisebol e fazia caminhadas diárias. No ano passado, admitiu estar com câncer. Chávez foi internado em Havana, Cuba, para três cirurgias de urgência. Em uma delas, o presidente informou ter retirado um tumor da região pélvica. Dias depois confirmou que estava com câncer. Informações atribuídas a assessores indicaram duas suspeitas para o tumor de Chávez: no cólon ou na próstata. Em dezembro de 2012, Chávez retornou a Cuba para mais uma cirurgia. Antes de deixar a Venezuela, pediu à população para que, na eventualidade da sua ausência, apoiasse o vice-presidente, Nicolás Maduro. A reação de Chávez surpreendeu e foi interpretada como a antecipação da transmissão do cargo de presidente. Imediatamente à partida de Chávez, foi aberta uma disputa política interna no país entre governistas e oposicionistas. Chávez ficou mais de dois meses em Cuba. Depois, retornou à Venezuela. No comando do governo durante 12 anos, a palavra de ordem de Chávez foi a Revolução Bolivariana em defesa da unidade latino-americana e da melhoria da condição de vida dos mais pobres. Definindo-se como socialista, o presidente era um crítico do neoliberalismo, da globalização e da política norte-americana. Também se dizia defensor do nacionalismo adotando medidas estatizantes e causando temores em investidores externos, segundo especialistas. Desde 2000, Chávez promoveu a nacionalização de vários setores da economia do país. Inicialmente, estatizou a siderúrgica Sidor – responsável por 85% da produção de aço no país – no mesmo período, ele começou o processo de nacionalização da empresa Petróleos de Venezuela (PDVSA), ação concluída em 2007. No ano passado, o presidente da Venezuela anunciou a nacionalização de 11 plataformas de petróleo norte-americanas vinculadas à empresa Helmerich & Payne. Anteriormente, foi anunciada a estatização de fábricas do México, da França e da Suíça. Na sua gestão, o venezuelano adotou como base as ações que se destinam à política assistencial envolvendo campanhas de alfabetização, de combate à desnutrição e à pobreza. Ao mesmo tempo, ele instaurou um regime militar rigoroso no país, modificou a Constituição – permitindo a reeleição sucessivas vezes – e alterou o sistema de funcionalismo público. O estilo Chávez de conduzir a política interna e se manifestar sobre as questões externas dividia opiniões. Amigo de Fidel Castro, ex-presidente de Cuba, Muammar Khadafi, então líder da Líbia, e Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, entre outras autoridades, o venezuelano não se esquivava de defender as pessoas próximas a ele. Em 2005 e 2006, ele foi incluído entre as 100 pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista britânica The Time. (...). FONTE: http://www.atribuna.com.br/

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Papa Bento XVI vai renunciar ao pontificado em 28 de fevereiro

Pontífice afirmou que vai deixar o cargo por conta da ´idade avançada´ O Papa Bento XVI vai renunciar a seu pontificado em 28 de fevereiro, segundo informações do Jornal Hoje. Bento XVI anunciou a renúncia pessoalmente, falando em latim, durante o consistório para a canonização dos mártires de Otranto. Pontífice afirmou que vai deixar o cargo por conta da ´idade avançada´ O Vaticano confirmou a notícia e afirmou que o papado vai ficar vago até que o sucessor seja escolhido. Em comunicado, Bento XVI afirmou que vai deixar o cargo devido à idade avançada, por "não ter mais forças" para exercer o cargo. O pontífice afirmou que está "totalmente consciente" da gravidade de seu gesto. O alemão Joseph Ratzinger, 85 anos, assumiu o comando da Igreja Católica em 19 de abril de 2005, após a morte de João Paulo II. Aos 78 anos, Ratzinger foi um dos cardeais mais idosos a ser eleito papa. Ele assumiu o posto em meio a um dos maiores escândalos enfrentados pela Igreja Católica em décadas - a denúncia de abuso sexual de crianças por clérigos. Leia, abaixo, a íntegra do discurso em que Bento XVI anuncia, em um encontro com altas autoridades eclesiásticas, que deixa o pontificado: “Caríssimos irmãos, Convoquei-vos para este consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de bispo de Roma, sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos cardeais em 19 de abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de fevereiro de 2013, às 20h, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice. Caríssimos irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os padres cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus. Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013. BENEDICTUS PP XVI” FONTE: http://www.atribuna.com.br/

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

PARABÉNS SÃO VICENTE-SP 481 ANOS !!!!!

São vicente a primeira cidade do Brasil completa hoje em 22 de janeiro de 2013 481 anos de fundação! Este Blog manifesta todo carinho e respeito por essa terra linda e acolhedora! Parabéns São Vicente!!!! Vida longa à essa terra querida! Muita prosperidade à todos os vicentinos!!!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Bertioga-SP: após chuva, caranguejos fogem do mangue e morrem em praia do litoral

Guarda Ambiental estima que 1 milhão de caranguejos estejam na praia. Segundo a bióloga, o fenômeno aconteceu por conta das chuvas de Bertioga.
Um mar de caranguejos. Esse é o cenário encontrado nesta terça-feira (8) na Praia de Itaguaré, em Bertioga, no litoral de São Paulo. Milhares de criaturas do manguezal amanheceram na beira do mar e despertaram a curiosidade de moradores e turistas que passavam pela região. De acordo com alguns moradores, o fenômeno começou a acontecer no último sábado (5). Segundo a Guarda Ambiental, cerca de 1 milhão de animais podem ter ido para a praia. Nos dias seguintes, a cena se repetiu. A bióloga Mylene Lyra, chefe do setor de fauna e flora de Bertioga, foi até o local para analisar a situação. Segundo ela, os animais são machos, fêmeas e filhotes da espécie uçá. Ela explica que a chuva intensa que atingiu a região há três dias trouxe muita água doce para os manguezais. Como os caranguejos vivem em água salobra, eles procuraram o mar. “Baixou a salinidade nos manguezais. Esse fenômeno acontece algumas vezes no litoral por causa das chuvas intensas. Os caranguejos saem das tocas, por conta da baixa salinidade e procuram a água salgada do mar”, explica a bióloga. Ela conta que eles são, consequentemente, trazidos para a praia. Grande parte morreu na areia porque não resiste ao forte calor presente na região. Nos manguezais, eles são protegidos pelas árvores. Ainda de acordo com Mylene, esse tipo de caranguejo é de grande porte e boa parte deles veio do manguezal localizado as margens do rio Itaguaré. Uma equipe de operações ambientais da Secretaria de Meio Ambiente de Bertioga começou a fazer o resgate dos animais. Desde domingo, os guardas ambientais recolhem os caranguejos vivos. As fêmeas, principalmente aquelas que estão com ovos e prestes a dar à luz a novos filhotes, tem prioridade. “Pegamos primeiro as fêmeas para elas estarem se desenvolvendo, reproduzindo”, explica a bióloga.
Os animais são colocados em caixas, que tem a capacidade de receber de 200 a 300 caranguejos. Até a tarde desta terça-feira, quase quinze caixas saíram cheias de animais. Por isso, o guarda ambiental Renato Soares Cordeiro, responsável pela área, estima que cerca de 1 milhão de exemplares apareceram nos cerca de 2km de extensão da praia de Itaguaré. “Estamos fazendo um trabalho de formiguinha. Precisaríamos de um mutirão”, diz o guarda ambiental. Ele e a bióloga estão a procura de voluntários para ajudar no resgate e limpeza da praia, que deve terminar apenas no final de semana. Os caranguejos vivos são levados para o manguezal nas margens do Rio Guaratuba, a 14 km da praia onde apareceram.
O fenômeno ambiental atraiu uma série de moradores e turistas da região que ficaram impressionados com a quantidade de caranguejos na praia. O advogado mineiro Marco Antonio Mendonça, de 53 anos, disse que nunca tinha visto uma cena parecida. “Se eu tivesse vindo de bicicleta não conseguiria passar pela faixa de areia. Está até fedendo de tanto caranguejo. Mas a natureza dá um jeito nisso né”, falou. Já Alberto Orsini, que tem casa em Bertioga há 19 anos, encontrou a praia tomada de caranguejos quando foi pescar na tarde desta segunda-feira. “A gente vem sempre aqui e nunca vimos isso”, disse sua esposa, a professora Stela Fernandes. O comerciante Anselmo Bugatti Junior, que veio de São Paulo com a família passar uns dias em Bertioga, trouxe até uma máquina fotográfica para registrar o momento. “Vim cedo e me impressionei com isso. Agora voltei. É curioso. Vai ser mais uma cena para a história”, disse ele. FONTE:http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/

sábado, 5 de janeiro de 2013

O Bolsa Família e a revolução feminista no sertão

A antropóloga Walquiria Domingues Leão Rêgo testemunhou, nos últimos cinco anos, a uma mudança de comportamento nas áreas mais pobres e, talvez, machistas do Brasil. O dinheiro do Bolsa Família trouxe poder de escolha às mulheres. Elas agora decidem desde a lista do supermercado até o pedido de divórcio
Uma revolução está em curso. Silencioso e lento - 52 anos depois da criação da pílula anticoncepcional - o feminismo começa a tomar forma nos rincões mais pobres e, possivelmente, mais machistas do Brasil. O interior do Piauí, o litoral de Alagoas, o Vale do Jequitinhonha, em Minas, o interior do Maranhão e a periferia de São Luís são o cenário desse movimento. Quem o descreve é a antropóloga Walquiria Domingues Leão Rêgo, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Nos últimos cinco anos, Walquiria acompanhou, ano a ano, as mudanças na vida de mais de cem mulheres, todas beneficiárias do Bolsa Família. Foi às áreas mais isoladas, contando apenas com os próprios recursos, para fazer um exercício raro: ouvir da boca dessas mulheres como a vida delas havia (ou não) mudado depois da criação do programa. Adiantamos parte das conclusões de Walquiria. A pesquisa completa será contada em um livro, a ser lançado ainda este ano. MULHERES SEM DIREITOS As áreas visitadas por Walquiria são aquelas onde, às vezes, as famílias não conseguem obter renda alguma ao longo de um mês inteiro. Acabam por viver de trocas. O mercado de trabalho é exíguo para os homens. O que esperar, então, de vagas para mulheres. Há pouco acesso à educação e saúde. Filhos costumam ser muitos. A estrutura é patriarcal e religiosa. A mulher está sempre sob o jugo do pai, do marido ou do padre/pastor. “Muitas dessas mulheres passaram pela experiência humilhante de ser obrigada a, literalmente, ‘caçar a comida’”, afirma Walquiria. “É gente que vive aos beliscões, sem direito a ter direitos”. Walquiria queria saber se, para essas pessoas, o Bolsa Família havia se transformado numa bengala assistencialista ou resgatara algum senso de cidadania. “Há mais liberdade no dinheiro”, resume Edineide, uma das entrevistadas de Walquiria, residente em Pasmadinho, no Vale do Jequitinhonha. As mulheres são mais de 90% das titulares do Bolsa Família: são elas que, mês a mês, sacam o dinheiro na boca do caixa. Edineide traduz o significado dessa opção do governo por dar o cartão do benefício para a mulher: “Quando o marido vai comprar, ele compra o que ele quer. E se eu for, eu compro o que eu quero.” Elas passaram a comprar Danone para as crianças. E, a ter direito à vaidade. Walquiria testemunhou mulheres comprarem batons para si mesmas pela primeira vez na vida. Finalmente, tiveram o poder de escolha. E isso muda muitas coisas. O DINHEIRO LEVA AO DIVÓRCIO E À DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE FILHOS? “Boa parte delas têm uma renda fixa pela primeira vez. E várias passaram a ter mais dinheiro do que os maridos”, diz Walquiria. Mais do que escolher entre comprar macarrão ou arroz, o Bolsa-Família permitiu a elas decidir também se querem ou não continuar com o marido. Nessas regiões, ainda é raro que a mulher tome a iniciativa da separação. Mas isso começa a acontecer, como relata Walquiria: “Na primeira entrevista feita, em abril de 2006, com Quitéria Ferreira da Silva, de 34 anos, casada e mãe de três filhos pequenos,em Inhapi, perguntei-lhe sobre as questões dos maus tratos. Ela chorou e me disse que não queria falar sobre isso. No ano seguinte, quando retornei, encontrei-a separada do marido, ostentando uma aparência muito mais tranqüila.” A despeito do assédio dos maridos, nenhuma das mulheres ouvidas por Walquiria admitiu ceder aos apelos deles e dar na mão dos homens o dinheiro do Bolsa. “Este dinheiro é meu, o Lula deu pra mim (sic) cuidar dos meus filhos e netos. Pra que eu vou dar pra marido agora? Dou não!”, disse Maria das Mercês Pinheiro Dias, de 60 anos, mãe de seis filhos, moradora de São Luís, em entrevista em 2009. Walquiria relata ainda que aumentou o número de mulheres que procuram por métodos anticoncepcionais. Elas passaram a se sentir mais à vontade para tomar decisões sobre o próprio corpo, sobre a sua vida. É claro que as mudanças ainda são tênues. Ninguém que visite essas áreas vai encontrar mulheres queimando sutiãs e citando Betty Friedan. Mas elas estão começando a romper com uma dinâmica perversa, descrita pela primeira vez em 1911, pelo filósofo inglês John Stuart Mill. De acordo com Mill, as mulheres são treinadas desde crianças não apenas para servir aos homens, maridos e pais, mas para desejar servi-los. Aparentemente, as mulheres mais pobres do Brasil estão descobrindo que podem desejar mais do que isso. FONTE:http://revistamarieclaire.globo.com/

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Guarda municipal de Santos agride morador de rua

As forças de “segurança” que temos: profissionais que são pagos para tratar pobre com ameaça, truculência, tortura e agressão. Por Márcio G. Os vídeos deixam claro o abuso da Guarda Municipal de Santos (cidade do litoral do estado de São Paulo), e por conhecer a vítima me sinto ainda mais seguro em relatar o que aconteceu. As informações relatadas a seguir foram obtidas dos próprios comentários do responsável pelo vídeo e de pessoas da vizinhança do bairro, onde meus pais moram. O homem agredido, André, é morador de rua e amigo meu há pelo menos uns 15 anos. No dia 1º de novembro, guardas municipais foram ao local onde ele e outros moradores de rua costumam dormir, no bairro do Macuco, e retiraram os cobertores e travesseiros de lá, para jogar fora. André foi até eles perguntar o que estava acontecendo, por que eles estavam fazendo aquilo, possivelmente indignado com a situação, quando foi jogado ao chão pelos guardas e imobilizado.
A partir daí, as imagens dos vídeos são claras. Ele só fala “Eu não fiz nada! Eu não fiz nada!”, e as pessoas em volta, muitas que o conhecem e viram o que aconteceu desde o início (ali do lado há uma padaria, frequentada por estudantes de uma universidade próxima), gritavam para que os guardas parassem com aquela abordagem. Um dos guardas, como podemos ver, quase quebra o braço de André, que suplica para não ser levado, já que de fato não cometeu nenhum crime. Em um momento, outro vai atrás do homem que está gravando toda a ação e tenta intimidá-lo. O drama prossegue com os guardas o pegando e o colocando no camburão [carro prisional]. Com muito custo levam o morador de rua, possivelmente até uma delegacia [esquadra] e, segundo relatos de vizinhos, André voltou duas horas depois, cheio de marcas de agressão. Ainda quero conversar com ele para saber mais detalhes do que aconteceu, mas só os vídeos já mostram o caráter das forças de “segurança” que temos: profissionais que são pagos para tratar pobre com ameaça, truculência, tortura e agressão. O que me deixa ainda menos esperançoso com o futuro é que essas ações violentas e autoritárias são vistas com bons olhos pela nossa “classe média”, até mesmo por trabalhadores, que preferem confiar na ação da “autoridade” a arriscar dizer que a vítima não era bandido. Acho que esse é um dos principais desafios para uma efetiva transformação da sociedade. FONTE: http://passapalavra.info/?p=66948

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Guarujá-SP: Maria Antonieta de Brito (PMDB) é reeleita à Prefeitura e continuará no comando do executivo da cidade por mais 4 anos

Guarujá é a terceira maior cidade da Baixada Santista, com uma população de 290.752 habitantes segundo dados do Censo populacional de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Antonieta disputou o 2º Turno com o adversário Farid Madi (PDT). A atual Prefeita foi reeleita com 64,25% dos votos válidos, já Farid Madi ficou com 35,75% dos votos. A Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), é composta por nove municípios, sendo que o Guarujá foi o único município da Baixada que houve 2º Turno. Vejamos a seguir todos os Prefeitos eleitos ou reeleitos das nove cidades da Baixada Santista: BERTIOGA - José Mauro Dedemo Orlandini (DEM) reeleito. CUBATÃO - Márcia Rosa (PT) reeleita. GUARUJÁ - Maria Antonieta de Brito(PMDB) reeleita. ITANHAÉM - Marco Aurélio (PSDB) eleito. MONGAGUÁ - Paulo Wiazowski Filho "Paulinho" (DEM) reeleito. PRAIA GRANDE - Alberto Mourão (PSDB)eleito. PERUÍBE - Ana Preto (PTB) eleita. SANTOS - Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) eleito. SÃO VICENTE - Bili (PP) eleito.

domingo, 28 de outubro de 2012

Santos-SP: santistas aproveitam o domingo de tempo bom nas praias da cidade

O belo domingo de sol atraiu boa parte dos santistas para as praias da cidade. Alguns termômetros chegaram a marcar 34º graus por volta das 13 horas.
A previsão do tempo para o início desta semana ainda é de sol, com temperaturas em torno de 30º graus, porém, há possibilidade de pancadas de chuva no fim do dia. FONTE: http://www.atribuna.com.br/

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Professora que fez desabafo na internet é a vereadora mais votada em Natal (RN)

Amanda Gurgel(PSTU) ficou conhecida por fazer um desabafo sobre a situação da educação no Brasil. Ela foi a vereadora mais bem votada da história de Natal, com 32.819 votos. FONTE: http://noticias.r7.com/

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Oficial! São Paulo paga cerca de R$ 24 milhões ao Santos e contrata PH Ganso

Após longa novela, meia assina por cinco temporadas e vai receber R$ 350 mil por mês. Peixe ficará com 5% em uma possível venda do atleta nos próximos dois anos. Depois de mais de um mês de negociações, enfim, Paulo Henrique Ganso é do São Paulo. Clube do Morumbi, Santos e DIS entraram em acordo e acertaram a transferência do jogador por R$ 23,9 milhões. O meia, que vestirá a camisa 8 no Tricolor, assinou contrato por cinco temporadas, com salários de R$ 350 mil. Antes da oficialização, realizada na madrugada desta sexta-feira, a novela ainda se arrastou no aguardo da rescisão contratual de Ganso com o Santos. Diversos jornalistas fizeram plantão na porta da Vila Belmiro desde o início da noite de quinta aguardando o jogador. A notícia do desfecho da novela só foi confirmada por volta da 1h desta sexta, quando o advogado da DIS foi ao encontro do meia e retornou à Vila com a rescisão na mão. Imediatamente, a fotografia e a ficha técnica do meia foram retiradas do site oficial do Peixe. O São Paulo realizará o depósito da parte da multa rescisória do jogador que o Alvinegro tem direito, referente a 45% do valor, à vista. Além disso, o clube da Vila Belmiro ficará com 5% do lucro em uma possível transação nos próximos dois anos. O Sampa vai pagar cerca de R$ 16,5 milhões e a DIS, que já tem 55% dos direitos econômicos, arcará com o restante. Os direitos econômicos de Ganso ficarão divididos da seguinte forma: 68% para a DIS e 32% para o São Paulo. Com o acerto, a diretoria tricolor já corre contra o tempo para acertar a inscrição do reforço no Brasileirão, na CBF. Para que possa atuar na competição nacional pelo São Paulo, o nome do jogador terá de aparecer no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF até às 19h desta sexta-feira. FONTE: http://www.lancenet.com.br/

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Valdemiro Santiago o apóstolo milionário.

Domingo Espetacular - Saiba com exclusividade como o dirigente evangélico Valdemiro Santiago desvia dinheiro doado pelos fiéis para enriquecimento pessoal. Documentos obtidos pelo Domingo Espetacular, da Rede Record, comprovam que o apóstolo comprou várias fazendas no Pantanal (MT) com dinheiro da igreja. São terras de perder de vista e milhares de cabeças de gado, pista de pouso e mansão com piscina.
São fazendas riquíssimas encravadas no coração do Pantanal. Elas foram compradas com dinheiro dos fiéis da Igreja Mundial do Poder de Deus. O dono delas é o homem que se intitula apóstolo e presidente da igreja. Segundo a Justiça, a Igreja Mundial tem dezenas de templos ameaçados de fechar por ordens de despejo. Ao mesmo tempo, o apóstolo Santiago fica cada vez mais rico. Foi no município de Santo Antônio de Leverger, em Mato Grosso, que o apóstolo Valdemiro virou dono de várias fazendas, uma ao lado da outra. Juntas, elas formam uma imensa propriedade, de dar inveja aos homens mais ricos do país. São mais de 26 mil hectares, o equivalente a 13,4 mil estádios do Maracanã. Somando tudo, gado, terras e benfeitorias, o investimento total de Valdemiro chega a R$ 50 milhões em dinheiro vivo, mais do que a maioria dos prêmios da Mega-Sena acumulada. O valor é suficiente para comprar 20 Ferraris 0 km, o carro mais caro do Brasil, ou dez coberturas em Nova York (EUA), a cidade mais cara do mundo. FONTE: http://camaraempauta.com.br/

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Sítio do Quinto-BA: MST ocupa prédio da prefeitura para cobrar promessas de campanha de 2008.

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocuparam, na manhã desta segunda-feira (3), a prefeitura de Sítio do Quinto, no nordeste baiano. De acordo com os líderes do MST local, que integram 15 acampamentos que formam as “Brigadas do Velho Chico", o grupo só desocupará o prédio quando conseguir conversar com o prefeito Cleigivaldo Santa Rosa (PDT). Os manifestantes, cerca de 100 pessoas, pretendem ainda montar acampamento em frente ao prédio público até a reivindicação ser atendida. Segundo informações obtidas pelo site Carlino Souza, os camponeses cobram promessas feitas pelo gestor durante a campanha eleitoral de 2008, mas que até o momento não teria sido cumprida. Os sem-terra solicitaram água de qualidade, melhoria na saúde, energia e “condições dignas” para se viver. “Só vamos sair quando o prefeito chegar e dar alguma satisfação aos trabalhadores. Vivemos há anos em uma situação precária e até hoje nenhuma negociação foi avançada. Queremos uma resposta imediata para termos direito a uma moradia digna”, cobrou o coordenador do movimento, Maike Dórea, ao garantir que a ocupação é "independentemente de política". O atual prefeito disputa a reeleição em Sítio do Quinto com Carlos Reis (PSD) e Laudigelson Santos (PTN). FONTE:http://www.bahianoticias.com.br/principal/noticia/

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Assange afirma que “algo de mal acontecerá” a quem discordar da vontade dos EUA.

O fundador do WikiLeaks concedeu, nesta quinta-feira (30), a primeira entrevista desde que fugiu de sua prisão domiciliar e pediu asilo político à Embaixada do Equador 31/08/2012 Jônatas Campos, de Caracas, na Venezuela. O jornalista e fundador do Wikileaks, Julian Assange, concedeu a primeira entrevista desde que fugiu de sua prisão domiciliar e pediu asilo político à Embaixada do Equador em Londres. Na conversa com o jornalista Jorge Gestoso, transmitida na noite desta quinta-feira (30) pelo Canal Multiestatal TeleSur e pela equatoriana Gama TV, Assange qualificou a decisão do Equador de conceder-lhe asilo como “correta”, porque é uma pessoa “perseguida política pelos Estados Unidos e seus aliados”. O jornalista australiano afirmou que se uma pessoa fizer algo que “vai de encontro à vontade dos Estados Unidos, algo de mal vai acontecer com ela”. A entrevista aconteceu nas dependências da embaixada do Equador no Reino Unido, onde Assange está alojado desde 19 de junho, data na qual deixou a prisão domiciliar e pediu ao governo de Rafael Correa a concessão de um asilo político. A resposta positiva para o pedido veio no dia 16 de agosto, momentos após o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, alegar que o governo britânico pretendia invadir a representação diplomática para prender o jornalista. O governo britânico nega-se a conceder um salvo-conduto para o jornalista deslocar-se até o aeroporto e seguir para Quito. “Eles (EUA) já disseram em documentos oficiais que não se trata somente de acusar Julian Assange por espionagem, mas de parar as atividades do Wikileaks”, relatou Assange. Em um dos momentos da entrevista, o ativista australiano afirmou que está em marcha uma espécie de “totalitarismo transnacional”, a partir da espionagem deliberada de todos os dados pessoais disponíveis na internet, assim como todas as ligações telefônicas. “Agora podem interceptar tudo, não é necessário preocupar-se com algum suspeito. Simplesmente interceptam-se todos e armazena-se tudo”, disse. Ele afirmou que empresas de espionagem já possuem tecnologia para armazenar todos os dados pessoais e fornecer pesquisas cruzando informações. “O jogo novo é a interceptação, registra-se tudo, é mais barato registrar tudo desde os EUA e armazenar. Dentro de alguns anos, se te transformas em uma pessoa interessante para as agências dos EUA e seus amigos, dizem: revisemos o que estava fazendo o senhor Assange nestes últimos anos, quem são seus amigos, com quem ele se comunicou”, explicou o jornalista, denominado o tal “totalitarismo transnacional”, porque, para ele, não só os EUA estão praticando esse monitoramento, mas também Alemanha e outras importantes economias mundiais. “Quando fazemos uma pesquisa no Google, ele registra tudo. O Google trabalha desde os EUA e te conhece melhor do que você mesmo. Se você não recorda o que buscava há dois dias, há três horas, o Google recorda. Conhece-te melhor que tua mãe. Essas informações são armazenadas pelo Google, mas também são interceptadas pelo Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos”, contou. No início do mês de agosto, o WikiLeaks publicou uma lista de 170 companhias de espionagem que atualmente já prestam estes serviços para diversos governos ocidentais. O jornal britânico MailOnline publicou reportagem em 14 de agosto onde descreve que, segundo e-mails de funcionários da empresa de espionagem Strator, vazados pelo Wikileaks, qualquer pessoa que aponte uma câmara para algum monumento em Nova Iorque será registrado como suspeito de terrorismo e será fotografado pela vasta rede de câmeras conectadas ao governo estadunidense. Segundo o e-mail, a empresa que fornece este serviço é a estadunidense Abraxas e o sistema, chamado TrapWire, já funciona no Reino Unido, Canadá e vários estados dos EUA. América Latina Nas últimas semanas, o Equador recebeu o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e da União de Nações Sul-americanas (Unasul) pela concessão do asilo à Assange. O jornalista elogiou e agradeceu a decisão dos países da América Latina em apoiar a decisão do Equador em conceder-lhe asilo político. “Penso que é importante essa solidariedade latino-americana”, disse. O jornalista vê a América Latina como um bloco alternativo a estes movimentos autoritários e de ameaças às liberdades individuais. O entrevistador, Jorge Gestoso, também perguntou a Assange sobre a acusação que pesa sobre ele de “abuso sexual”. Ele lembra que nenhuma mulher compareceu a uma delegacia para apresentar queixa contra ele, mas apenas a própria polícia suíça. O jornalista não quis falar com mais detalhes sobre a acusação, afirmando que são esdrúxulas, e comparou o caso com os porcos. “Quando uma acusação como essa circula nos meios de comunicação, não se pode responder. Porque é como lutar com um porco, você se suja com lama, mas isso convém às pessoas que lançam a lama”, explicou. Afirmando que acredita na diplomacia, Assange calcula que poderá sair da embaixada do Equador em “seis a doze meses", dependendo dos acontecimentos internacionais. Diz também que deve continuar “a luta” de uma “organização que crê nos direitos humanos”, como descreveu o Wikileaks. FONTE:http://www.brasildefato.com.br/node/10485

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

“Temos que retomar a luta”

Clodomir Morais, ex-assessor das Ligas Camponesas, critica estagnação da reforma agrária
“Na lei ou na marra”. Este era um dos principais lemas em coro pelos 1.500 trabalhadores e delegados das Ligas Camponesas do Brasil reunidos no Congresso Camponês, ocorrido em Belo Horizonte (MG), em novembro de 1961. O encontro contava com o apoio do então presidente João Goulart, e marcava um momento histórico na luta contra o latifúndio e pelos direitos dos trabalhadores camponeses no país. A origem das Ligas Camponesas remonta às antigas Ligas da década de 1930, originárias da ação do Partido Comunista do Brasil no campo. A refundação dessas organizações na década de 1950 alcançou diversos estados brasileiros. Embora não tão articuladas politicamente, suas ações se guiavam, em sua maioria, por um viés progressista. Essa refundação pode ser simbolizada, sobretudo, a partir de 1954, quando na cidade de Vitória de Santo Antão (PE), formava-se um dos embriões das Ligas Camponesas, a Sociedade Agrícola e Pecuária de Plantadores de Pernambuco (SAPPP). No engenho Galileia trabalhavam cerca de 140 famílias de camponeses em regime de foro: em troca de cultivar a terra, deviam pagar uma quantidade fixa em espécie ao proprietário da terra. Após uma desavença política entre as partes, os camponeses encontraram apoio em Francisco Julião. A associação se institucionalizou e passou a funcionar legalmente a partir de janeiro de 1955. Forças políticas de direita e a imprensa não demoraram em alcunhar a SAPPP de “liga”, fazendo relação aos movimentos da década de 1940. Em 1959, a SAPPP conseguiu a desapropriação do engenho. A vitória dos pernambucanos estimulou a luta pela reforma agrária em todo o país e já no início da década de 1960, as ligas se espalhavam por 13 estados brasileiros. Porém, com a instalação do regime militar em 1964, a reforma agrária não foi implementada, pois as principais lideranças das ligas foram presas e o movimento dissipou-se. Testemunha e ator de toda essa história é o baiano Clodomir dos Santos Morais, que foi assessor das Ligas Camponesas e teve contato com dirigentes como Francisco Julião, Adauto Freire, João Pedro e Elizabeth Teixeira. Clodomir também foi deputado estadual de Pernambuco eleito pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) em conjunto com a legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), de 1955 a 1959. Dois anos preso, entre 1962/65, Clodomir chegou a dividir a cela com o educador Paulo Freire. Com os direitos políticos cassados por uma década, foi expulso do país, permanecendo exilado por mais 15 anos. Durante esse período, foi conselheiro regional da ONU para a América Latina em assuntos da reforma agrária e desenvolvimento rural. Dirigiu projetos de capacitação e organização em Honduras, México, Nicarágua e Portugal. Foi professor nas universidades de Rostock e Berlim, na Alemanha; e em Wisconsin, nos Estados Unidos. Possui duas dezenas de livros sobre a questão da terra. Seu acúmulo prático construído na ação dentro das Ligas Camponesas e sua consciência teórica, notadamente, contribuem, há anos, para que os movimentos camponeses contemporâneos organizem, de modo mais eficaz, a luta pela reforma agrária. As primeiras edições da sua cartilha Elementos de Teoria da Organização foram feitas Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por meio do Caderno de Formação nº 11. FONTE: http://www.brasildefato.com.br/node/10376

domingo, 19 de agosto de 2012

Correa afirma decisão de asilo soberania sobre Assange

O presidente do Equador, Rafael Correa , confirmou hoje que a decisão de conceder asilo ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi tomada de forma soberana. "Depois de quase dois meses para analisar o governo, jurídica soberana decidiu conceder asilo", disse o chefe de Estado, em uma entrevista com a mídia em Loja (sul). Correa disse que Assange poderia ficar "indefinidamente" na embaixada equatoriana em Londres, onde está desde 19 de junho, porque o governo britânico se recusa a dar o passe. "O fator crucial para que foi concedido asilo diplomático ao Sr. Julian Assange não é garantida porque nunca a sua não-extradição para um terceiro país, para tentar atrapalhar as investigações da justiça sueca em um alegado delito", disse Correa . Seu governo nunca se recusou a investigar Assange por supostos crimes sexuais que lhe são atribuídos, na Suécia, "não há nenhuma garantia de que não vai extraditá-lo (...) nem mesmo acusado, recentemente, eles estão investigando", disse Correia. Ainda, segundo ele, o governo equatoriano deu as facilidades fiscais suecos para vir para a Embaixada em Londres, para interrogá-lo, mas as autoridades judiciais do país escandinavo recusou. Na quinta-feira, o Governo do Equador concedeu asilo a Assange, que é questionada por revelar telegramas diplomáticos de vários países, incluindo os Estados Unidos, onde poderia ser julgado por tribunais especiais e militares, e corre o risco de ser condenado à morte , disse o governador. Através WikiLeaks, o jornalista australiano e computador mostraram, entre outras coisas, violações da chamada guerra contra o terrorismo empreendida pelo governo dos EUA e seus aliados. O ataque aéreo em Bagdá 12 de julho de 2007, os jornais dos Logs Afeganistão guerra ea guerra do Iraque são algumas das revelações que expõem crimes estragados pelo Pentágono. Entre outras ameaças recebidas pelo australiano após a sua fuga, Sarah Palin, os EUA do Partido Republicano, pediu através de sua página no Facebook para a administração de Barack Obama para capturar Assange porque você deve ter a mesma urgência para prosseguir Al Qaeda e os líderes talibãs. FONTE:http://www.cubadebate.cu/

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

1ª Marcha das Vadias - Baixada Santista

Divulgando em primeira mão o nosso texto de apresentação, o nosso "Quem Somos". Para aqueles que ainda tem dúvidas quanto aos propósitos da Marcha, nele expomos as bandeiras que levantamos. Avante! 1ª Marcha das Vadias - Baixada Santista “Isso não é sobre sexo, é sobre violência”. A “Marcha das Vadias” (em inglês, Slutwalk) teve início em Toronto, no Canadá, em reação ao discurso de um policial que, em uma palestra sobre segurança na Faculdade de Direito Osgoode Hall Law School, disse que as mulheres deveriam evitar “se vestir como vagabundas” para que não fossem vítimas de violência sexual. A declaração gerou uma onda de revolta, que culminou na primeira Marcha das Vadias, ocorrida em Toronto em 24 de Janeiro de 2011. De lá, o movimento rapidamente se espalhou por todo o mundo, com Marchas em lugares tão diferentes entre si quanto Austrália e Índia. No Brasil, tudo começou com a Marcha das Vadias de São Paulo, também em 2011. Em 2012, várias cidades pelo Brasil inteiro também organizaram suas Marchas, e outras estão se organizando para marcharem. As cidades da Baixada Santista estão entre elas. A ideia da série de manifestações carregar o nome “Marcha das Vadias” vem como referência ao discurso machista do policial e, através do título e dos questionamentos comuns a todas as versões da Marcha, é demonstrado que entendemos a violência sexual como algo do qual a vítima nunca é culpada, e alegar que uma mulher “provocou”, de alguma forma, a agressão da qual foi vítima, é não só irracional, como cruel. A Marcha é um movimento apartidário que luta contra as agressões físicas, psicológicas, sociais e morais às quais mulheres e meninas são submetidas todos os dias. Lutamos contra a ideia de que nossas autoestimas devam ser e estar orientadas à concepção de o quanto somos consideradas “desejáveis” para algo ou alguém. Tal concepção gera pressão para que nos enquadremos em um padrão de beleza massificador, excludente, racista e elitista, que contribui para o surgimento e exacerbação de distúrbios alimentares, o uso indiscriminado de produtos que prometem beleza e emagrecimento, e outras manifestações de vergonha e rejeição ao próprio corpo. Não somos todas brancas, loiras, magras, com seios grandes, cinturas finas, bundas grandes e sem um grama de gordura ou flacidez em nossos corpos. Somos mulheres, somos muitas e somos de todos os jeitos. Lutamos contra um sistema que ensina que “homens de verdade” não veem as mulheres como suas companheiras, e sim como objetos sexuais. Lutamos contra um sistema que ensina que não se pode ser “homem” sem sentir atração sexual por mulheres, e que relega homens não-heterossexuais à categoria de “mulherzinha”, como se “ser mulher” fosse uma coisa negativa e se assemelhar em algo a características pré-definidas como femininas fosse algo ofensivo. Lutamos contra um sistema que, desde cedo, também pressiona meninos e homens a sufocarem suas emoções e a vigiarem o comportamento (próprio e alheio); reprimindo qualquer manifestação que não se enquadre em um conceito restrito e excludente de “masculinidade”. Lutamos contra a mercantilização do corpo feminino, transformado em mero chamariz para vender produtos - de cerveja a desodorante. Lutamos contra mulheres usadas como decoração em programas de TV, feiras de venda de produtos, outdoors e similares. Lutamos contra uma cultura que trata mulheres como objetos, e nossos corpos como mercadoria, quando deveria nos enxergar como seres humanos, com opiniões, projetos de vida, sentimentos, desejos e direitos próprios. Lutamos contra a violência sofrida pelas travestis e mulheres trans*, consideradas menos dignas de respeito e dignidade por expressarem sua identidade feminina, expomos também que a nossa luta engloba toda e qualquer descriminação por ordem de gênero, incluso a acometida aos homens trans*, que assim como as mulheres são julgados e considerados indignos de assumirem o gênero com o qual se identificam. Lutamos contra a violência institucional perpetrada pelo Estado e por profissionais da saúde que se outorgam o direito de decidir com base em noções machistas e excludentes o que é ser mulher e o que é ser homem “de verdade”, como se a “verdade” fosse uma entidade inquestionável. Lutamos contra uma cultura que culpa as mulheres pelas violências que sofrem, e prega a violência ao feminino como algo natural, ao demonstrar misoginia na linguagem cotidiana (Desd'a mulher "vadia/puta/vagabunda/piranha/biscate", que ao ser verbalmente agredida, é tratada como ser sexual e tem por maior ofensa o que faz de seu próprio corpo, até o homem "filho da puta/corno/viado", que ou tem culpabilizadas as mulheres presentes em sua vida, novamente por conta da questão sexual - o problema não é ele, e sim a "mãe que deu pra vários" ou a "mulher que deu pra outro" - ou o fato de por alguma razão, se assemelhar em algo com uma mulher), ao tratar o estupro como piada em campanhas publicitárias e programas “humorísticos”, ou ao simplesmente pregar que a maneira como uma mulher se porta a designa o título de “estuprável”. Queremos lembrar a todos e todas que, não importa o que uma mulher vista, como ela se comporte, com quantas pessoas faça sexo, qual é sua profissão ou orientação sexual: TODAS as mulheres, assim como todas as pessoas, têm direito a ter sua segurança e integridade física respeitadas. A culpa do estupro é do estuprador! A culpa da agressão é de quem bate e não de quem apanha! Por que Vadia? Nas palavras da Marcha das Vadias DF: “Já fomos chamadas de vadias porque usamos roupas curtas, já fomos chamadas de vadias porque transamos antes do casamento, já fomos chamadas de vadias por simplesmente dizer “não” a um homem, já fomos chamadas de vadias porque levantamos o tom de voz em uma discussão, já fomos chamadas de vadias porque andamos sozinhas à noite e fomos estupradas, já fomos chamadas de vadias porque ficamos bêbadas e sofremos estupro enquanto estávamos inconscientes, por um ou vários homens ao mesmo tempo, já fomos chamadas de vadias quando torturadas e curradas durante a Ditadura Militar. Já fomos e somos diariamente chamadas de vadias apenas porque somos MULHERES”. “Vadia” é um termo usado para ofender e menosprezar mulheres que ousam ter o controle da própria sexualidade, assim como são também chamados de “vadias” os homens não-heterossexuais, que ousam amar e viver de forma diferente da imposta pelo machismo corrente. O termo também é usado para envergonhar estes homens e mulheres a respeito de como ou com quem fazem sexo, de como se vestem, como se maquiam, do quanto bebem, quais lugares frequentam, em quais horários estão nas ruas e quais companhias mantêm. A palavra “vadia” se vem sempre no feminino, para todas as pessoas, e serve não apenas para envergonhá-las como para assustá-las, já que ser uma “vadia”, na nossa sociedade, equivale a ser “estuprável”, a ter justificada qualquer violência contra si. Nós não temos medo de ser vadias, quando “ser vadia” representa sermos mulheres e homens, que enquanto donos de si, exigem o direito de sermos o que quisermos. Recusamos as ofensas a nós endereçadas por ousarmos viver nossas vidas da forma como desejamos. Se ser livre é ser vadia, somos TODAS vadias! CONVITE: Convidamos você, militante ou interessado na causa, a se unir e auxiliar na organização, divulgação e participação da Marcha das Vadias da Baixada Santista, lembrando que o ato será APARTIDÁRIO e está marcado para 30 de setembro de 2012, às 13h na Praça da Independência em Santos – SP. Traga para nossa marcha as suas faixas em prol da defesa “das vadias”. E também seus amigos e amigas, seus filhos e filhas, seu pai, mãe, avó e avô, tios e tias e, principalmente, sua vontade de transformar esse mundo em um lugar melhor para se viver. Fonte: Publicado por Lohayne Oliveira em:http://www.facebook.com/events/484797408197383/permalink/486740094669781/

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Documentário: "Marighella" chega aos cinemas dia 10 de agosto

Dirigido pela sobrinha de Carlos Marighella, Isa Grinspum Ferraz, o documentário "Marighella" entra em cartaz nas principais cidades, no próximo dia 10 de agosto. O filme foi exibido em sessões lotadas na última Mostra Internacional de São Paulo e no Festival do Rio de 2011. O documentário conta, também, com uma canção especialmente composta para o filme por Mano Brown, em homenagem a Carlos Marighella. Nsta segunda-feira (6), haverá uma exibição do filme para a imprensa, em Brasília.
O filme, dirigido por sua sobrinha, é uma construção histórica e afetiva do homem que dedicou sua vida ao Brasil. "Marighella", é um dos mais detalhados retratos já realizados sobre o militante baiano que, por décadas, combateu a injustiça social brasileira. O longa, que tem narração do ator Lázaro Ramos, retrata Carlos Marighella desde sua juventude na Bahia, seus anos de militância política, suas prisões na Era Vargas, sua atuação como deputado constituinte, até os violentos anos de repressão militar, quando ele se torna o inimigo público número um da ditadura brasileira, a "caça mais cobiçada". Isa, sobrinha de Marighella, teve acesso a um rico material histórico para retratar a vida de seu tio. Desde documentos secretos da CIA até inéditas gravações de rádio feitas por Marighella em Cuba, nos anos 1960. "Marighella" traz depoimentos da viúva do líder, Clara Charf, e de vários militantes de esquerda que lutaram a seu lado, além de outras figuras emblemáticas da resistência à opressão militar no Brasil, entre as quais o crítico e escritor Antônio Cândido. O documentário conta com rico material iconográfico, imagens de arquivo de diversas momentos da história brasileira do século 20, trechos de filmes de ficção e fotos raras da família Marighella. Seus poemas, suas histórias, seus gostos pessoais - tudo comparece para compor um quadro da complexidade desse homem que, tendo passado quase 40 anos na clandestinidade, transformou-se em um mito das esquerdas do Brasil e do exterior. Todos esses elementos, aliados à condução pessoal da narração, baseada nas lembranças pessoais da sobrinha de Marighella, fazem do filme um registro complexo que intercala fatos históricos com um perfil humano e pessoal do personagem retratado. Sinopse Líder comunista, vítima de prisões e tortura, parlamentar, autor do mundialmente traduzido "Manual do Guerrilheiro Urbano", Carlos Marighella atuou nos principais acontecimentos políticos do Brasil entre os anos 1930 e 1969, e foi considerado o inimigo número 1 da ditadura militar brasileira. Mas quem foi esse homem, mulato baiano, poeta, sedutor, amante de samba, praia e futebol, cujo nome foi por décadas impublicável? O filme, dirigido por sua sobrinha, é uma construção histórica e afetiva desse homem que dedicou sua vida a pensar o Brasil e a transformá-lo através de sua ação. Fonte:http://www.vermelho.org.br/

segunda-feira, 9 de julho de 2012

São Paulo: Moradores de rua encontram R$ 20 mil e entregam para PM

Dois moradores de rua encontraram um total de R$ 20.004,00, em notas de 100, 50, 20 e 10, e moedas, próximo ao Viaduto Azevedo, sob o qual eles residem, na Radial Leste, região do Tatuapé, na zona leste da capital paulista, e entregaram o valor a policiais militares do 8º Batalhão na madrugada desta segunda-feira. Os dois moradores de rua, ao encontrarem um saco plástico e um malote igual aos utilizados por bancos, abriram ambos e verificaram que neles havia diversos envelopes de depósito bancário contendo o dinheiro. Imediatamente ligaram para o 190 e acionaram a PM, que encaminhou todo o valor para o plantão do 30º Distrito Policial, do Tatuapé. "Além do dinheiro, havia também notas fiscais de um restaurante japonês que sofreu um furto. Estamos supondo que o dinheiro seja do mesmo estabelecimento, mas só teremos certeza quando o proprietário for localizado", afirmou um tenente PM. Segundo a polícia, o furto teria ocorrido na tarde de domingo. Segundo o Bom Dia São Paulo, da Rede Globo, os donos do restaurante japonês roubado foram até o 30º DP onde agradeceram ao casal que encontrou o dinheiro do estabelecimento comercial. FONTE:http://www.atribuna.com.br/

terça-feira, 3 de julho de 2012

Em vídeo, militar israelense agride criança palestina.

Nesta segunda-feira (2), o jornal israelense Haaretz publicou em seu site o vídeo de um policial de fronteira israelense chutando um garoto palestino em Hebron. De acordo com o jornal, o incidente ocorreu na última sexta-feira (29) na cidade palestina, vizinha de Jerusalém. O garoto que aparece nas imagens, de nove anos, foi identificado pelo Haaretz como Abed a-Rahman. As imagens foram feitas pela ONG B’Tselem. De acordo com a organização, o vídeo foi feito por um voluntário em Hebron. Dois militares são vistos no local, armados e uniformizados. Eles esperam pelo garoto, que sai de um beco perto da casa dele. Em seguida, um dos homens segura o menino, o atira ao chão e pergunta: “Por que você está causando problemas?” A criança começa a chorar. Na sequência, um segundo militar se aproxima e chuta o menino, que depois é visto saindo do local. A ONG disse, segundo o Haaretz, que vai denunciar os militares. FONTE:http://www.vermelho.org.br/

São Paulo, a cidade proibida

Texto de BRUNO RIBEIRO A onda proibitiva em São Paulo começa com José Serra, continua com Geraldo Alckmin e ganha sua personificação mais bizarra com Kassab, que fez do não a marca de seu governo. Algumas poucas proibições poderiam ser justificáveis se não escondessem intenções higienistas nas entrelinhas. Outras são completamente estapafúrdias, como veremos a seguir. Em São Paulo foi criada a Lei Antifumo, que se alastrou pelo Brasil como um câncer. O argumento de que a fumaça do cigarro alheio em ambientes fechados causaria malefícios à saúde do “fumante passivo” esbarra no direito individual quando regulamenta valores por meio da lei. Por que alguém não tem o direito, por exemplo, de abrir um bar exclusivo para fumantes ou de manter uma área reservada para eles? Em São Paulo é proibido fumar até na calçada, se houver um toldo ou cobertura sobre vossa cabeça. Anúncios de outdoors foram vetados. A Lei Cidade Limpa é positiva quando objetiva reduzir a poluição visual na capital. O problema é o modelo de implantação desta lei, pois hoje qualquer cidadão está proibido de estender à frente de sua casa uma placa ou faixa com qualquer mensagem, inclusive (e a meu ver principalmente) de protesto contra o descaso do governo. Se alguém quiser protestar contra buracos na rua do bairro terá que pedir autorização da prefeitura. O que será negado, por óbvio, constituindo assim um veto indireto à liberdade de expressão. Chegou a ser proibida a circulação de motos com mais de uma pessoa. O argumento para vetar o “carona” na garupa é de que este poderia ser um assaltante. Como os assaltos praticados por duplas sobre motos são comuns, decidiu-se proibir duas pessoas de dividirem a mesma moto ao mesmo tempo. A iniciativa lembra aquela piada do marido que pegou a mulher com outro no sofá e, para se livrar do problema, vendeu o sofá. Felizmente a lei foi derrubada: feria o direito de ir e vir assegurado pela Constituição Federal. Outra envolvendo motos: veículos de duas rodas foram proibidos de circular na Avenida 23 de Maio, sem justificativa plausível. A decisão foi revogada pouco tempo depois porque não tinha consistência. Também foi proibida a circulação de caminhões nas marginais. Agora, esses veículos precisam usar o Rodoanel da CCR (empresa de amigos de José Serra) e pagar o pedágio, se quiserem trabalhar. Recentemente, caminhões proibidos de circular pela Marginal Pinheiros pararam temporariamente de fornecer combustível para os postos de gasolina de São Paulo, como forma de protesto. A paranóia com os assaltos fez com que o uso de celular fosse vetado dentro de agências bancárias. A paranóia com a saúde proibiu médicos de usarem jaleco fora do hospital. Mas a melhor foi a proibição do ovo mole nos botecos da cidade. Para evitar que o cliente contraia uma intoxicação causada pela salmonela. Cúmulo da falta do que fazer, o molho vinagrete foi proibido nas pastelarias. Para não contaminar o pastel com bactérias malvadas. A paranóia com o silêncio levou à proibição do tradicional pregão nas feiras livres. Os comerciantes não podem mais divulgar suas ofertas em voz alta, como é costume no Brasil desde 1500. Da mesma forma, cobradores de lotação não podem mais informar o destino do veículo gritando para fora da janela, atitude que facilitava a vida de deficientes visuais e de analfabetos. Por incrível que pareça, não são mais permitidas bancas de jornal no centro de São Paulo, pois, segundo a prefeitura, as banquinhas poderiam ser usadas como "fortalezas e esconderijos de assaltantes em fuga". Proibiu-se o uso de câmeras fotográficas nos terminais de ônibus. As câmeras estão proibidas também no metrô. Também proibiram a venda de quentão e vinho quente nas festas juninas das escolas. Para salvaguardar a saúde de nossos jovens, refrigerantes e frituras foram vetados nas cantinas dos colégios. Pobres estudantes: matar aula está proibido em São Paulo. Com ordem da prefeitura, PM sai à caça de alunos gazeteiros, que acabam dentro do camburão, como marginais. Não se pode mais beber cerveja nos estádios de futebol e nem levar bandeiras para torcer pelo seu time. Recentemente, a paranóia com o meio ambiente proibiu o uso de sacolas plásticas nos supermercados. A lei foi derrubada porque contrariava os direitos do consumidor. Mais: está proibida a doação de material reciclável para catadores. Isso mesmo: doação! Os artistas de rua estão proibidos de se manifestar na Avenida Paulista e em outras regiões nobres da cidade. Os que ousam mostrar sua arte em público, dos malabaristas às "estátuas vivas", são violentamente reprimidos pela PM. A última da onda repressiva é a lei, já aprovada pela assembléia legislativa, que proíbe o consumo de bebida alcoólica em áreas públicas, como bares, calçadas, praças e praias. Se for sancionada pelo governador – e tudo indica que será – ninguém poderá beber sua cervejinha despreocupadamente na rua. Isso sem falar nas vergonhosas rampas antimendigo instaladas sob os viadutos e pontos estratégicos para impedir que moradores de rua durmam naqueles locais. Também foi proibida, pelo então governador José Serra, a venda de bananas por dúzia, como sempre foi feito nas feiras. Agora, em todo o estado, a banana só pode ser vendida por peso. Quem insistir, poderá ter seu comércio multado. A prefeitura de São Paulo se meteu ainda em uma cruzada contra as bancas de jornais. Isso mesmo: para forçar o fechamento das bancas na Praça da Sé e outros pontos da cidade, Gilberto Kassab está proibindo os donos de vender produtos como guarda-chuvas, chocolates e publicações "atentatórias à moral". Não acreditam? Leiam aqui. Kassab também não gosta que pobres socializem em espaços culturais criados por eles. Por isso tem proibido os saraus nas periferias. Um dos mais antigos e tradicionais, o Sarau do Binho, na região do Campo Limpo, foi fechado recentemente, a exemplo de espaços culturais semelhantes no Bixiga e na Brasilândia. Todos tinham uma característica em comum: eram espaços de resistência do movimento hip-hop. O trabalhador informal também é tratado como criminoso em São Paulo. Kassab cancelou as permissões de trabalho de todos os camelôs da cidade. Proibição das mais cruéis é a que pretende proibir a distribuição de comida para moradores de rua. As entidades assistenciais que entregam todas as noites o "sopão" para pessoas que não têm nada na vida, são os alvos preferenciais. Kassab espera, com isso, forçar os mendigos a saírem das ruas e se internarem nos albergues da prefeitura, que são péssimos e oferecem comida de baixa qualidade. O jornalista Rodrigo Martins, da Carta Capital, foi muito feliz quando definiu, em seu artigo Cervejaço contra a caretice: "São Paulo é uma cidade de loucos exatamente pelo fato de negar a seus habitantes o direito à cidade". Por Bruno Ribeiro. FONTE: http://www.correiocidadania.com.br/

São Paulo:Prefeitura quer proibir sopão grátis no centro

Em um prazo de 30 dias, a Prefeitura de São Paulo quer acabar com a distribuição do sopão para moradores de rua realizada por 48 instituições que oferecem o serviço voluntário nas vias públicas da região central. Segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, as entidades sociais poderão ser punidas caso não aceitem o convite de distribuir o alimento nas nove tendas da Prefeitura, como são conhecidos os espaços de convivência social que atendem os moradores de rua durante o dia. O secretário de Segurança Urbana, Edsom Ortega, disse que as instituições que insistirem em continuar oferecendo comida na via pública para a população de rua serão “enquadradas administrativamente e criminalmente”. A afirmação foi feita por Ortega durante uma reunião com representantes dos Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg) e da Associação Viva o Centro na quarta-feira da semana passada. Procurado ontem pela reportagem, o secretário informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não iria antecipar que tipo de crime ou infração administrativa as entidades estariam cometendo. A intenção da Prefeitura é fazer que os moradores de rua procurem os albergues à noite, onde são oferecidas refeições. O advogado Kleber Luiz Zanchim, da Associação Viva o Centro, disse que as entidades podem ser punidas apenas administrativamente pela distribuição irregular de alimentos. “A Vigilância Sanitária impede a promoção de práticas que possam sujar a via pública. As entidades podem ser multadas e ter os veículos apreendidos”, disse. Segundo o advogado, as instituições não podem ser processadas criminalmente por fornecer comida na rua. “Só se esse alimento causar algum malefício para o morador de rua, como uma intoxicação alimentar ou sua morte”, explicou o advogado. Para o superintendente da Associação Viva o Centro, Marco Antonio Ramos de Almeida, a medida proposta pela Prefeitura irá tratar o morador de rua com dignidade. “Eles poderão se alimentar sentados em cadeiras e usando talheres. Nas ruas isso é impossível”, disse Almeida. Segundo ele, a distribuição de comida pelas entidades colabora para que os moradores de rua não procurem pelos serviços oferecidos pela Prefeitura. A instituição Anjos da Noite, que há 23 anos distribui alimentos para moradores de rua da região central, é contra a proposta da Prefeitura. “Amar o próximo é crime agora?”, questionou o presidente da Anjos da Noite, Kaká Ferreira, de 59 anos. Segundo Ferreira, muitos moradores de rua não querem ir para os espaços da Prefeitura. “Nesse caso eles ficam sem comer? Uma coisa não anula a outra. Podemos oferecer a comida para quem está nas tendas, mas queremos atender os moradores que não vão para os albergues à noite”, afirmou Ferreira. Segundo ele, a entidade ainda não recebeu o convite da Prefeitura. FONTE:http://blogs.estadao.com.br/j

TCC - POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NA CIDADE DE SANTOS: um estudo reflexivo sobre a permanência de viver em Situação de Rua.

Vídeo de encerramento da apresentação do meu TCC. Em (21/06/2012) O dia em que me tornei Assistente Social.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Um SUS que mata os pobres

Por Frei *MARCOS SASSATELLI No dia 2 do mês corrente, bem cedo, o meu olhar fixou-se na seguinte manchete de jornal: “Morte e angústia à espera de UTI”. “Pacientes sofrem por dias para conseguir vaga nas redes pública e conveniada ao SUS” (O Popular, 02/06/12, 1ª página). Depois da manchete, um resumo da reportagem (publicada, na íntegra, na página 4 do mesmo jornal), diz: “A recém-nascida Sofia Lemes, com pneumonia, teve de aguardar quatro dias para conseguir ocupar uma vaga em UTI de Goiânia. Demorou, mas conseguiu. O universitário Rubens de Araujo não teve a mesma sorte. Apesar de um mandado judicial (repare: um mandado judicial) esperou por cinco dias. Não suportou a demora”. E ainda: no dia 1º do mesmo mês, nas unidades de saúde da prefeitura (Cais e Ciams), “outros 13 pacientes graves estavam na fila por uma vaga”. Esta situação de iniqüidade nos deixa a todos profundamente indignados. No caso de Rubens de Araujo, 44 anos, acadêmico de biologia da UFG, o advogado Renato Beltrão, a pedido da família, entrou com mandado de segurança para conseguir a internação em UTI. “A justiça - diz o advogado - foi rápida, determinando a internação dele em UTI, mas a Secretaria Municipal de Saúde descumpriu a ordem judicial” (Ib., p. 4). Rubens morreu no Ciams do Setor Urias Magalhães - onde estava internado há cinco dias - de insuficiência hepática, decorrente de uma cirrose. Ao que me consta, quando uma categoria de trabalhadores(as) - da educação, da saúde ou outra - descumpre uma ordem judicial (uma liminar), os responsáveis são presos e processados. Pergunto, então: Por que os responsáveis (da Secretaria Municipal da Saúde - SMS) pelo descumprimento da ordem judicial em favor do estudante Rubens não foram presos e processados? Não somos todos iguais perante a lei? A família de Rubens - diz ainda o advogado - “indignada com o que considera negligência e descaso (mesmo havendo uma ordem judicial) vai ingressar com uma ação contra o município de Goiânia de indenização por danos morais” (Ib.). Diante de tanta irresponsabilidade, a família tem todo o direito de processar a SMS. Infelizmente, porém, nem todas as famílias têm condições de fazer isso. Vergonha, descalabro. No SUS, a demora no atendimento aos doentes tornou-se estrutural e crônica, mesmo em casos de urgência e emergência. Nesses casos, os crimes praticados pelo Poder Público são crimes de omissão de socorro. Ninguém, porém, é preso, julgado e condenado por causa desses crimes. Reina a total impunidade. Parece que a sociedade se acostumou com essa realidade desumana e antiética. Temos um SUS que na prática (embora na teoria seja um dos melhores planos de saúde pública) é criminoso e mata os pobres. E quando digo “os pobres”, não entendo somente aqueles e aquelas que vivem na extrema pobreza, mas a grande maioria dos trabalhadores(as) que ganham salários indignos. O responsável dessa situação de descalabro é o Poder Público, municipal, estadual e federal. Não venham os governantes com desculpas esfarrapadas, dizendo que faltam verbas, que faltam medicamentos, que o atraso na compra dos mesmos é devido à burocracia, que a situação se agravou, que vêm muitas pessoas do interior e não sei mais o quê. Na realidade, trata-se somente de uma questão de opção política. Chega de enganação ao povo! O dinheiro dos cofres públicos (que é dinheiro dos impostos e, portanto, do povo) deve ser usado prioritariamente para salvar a vida do povo (e não para práticas de corrupção e parasitagem, despejando o dinheiro público nas “cachoeiras da vida”). No atendimento pelo SUS, nos casos de urgência e emergência, se não tiver vaga em UTI da rede de hospitais públicos ou conveniados (o que não aconteceria se houvesse “outra” política), o Poder Público é legal e moralmente obrigado a pagar (com dinheiro dos cofres públicos, que é dinheiro do povo) a internação das pessoas gravemente enfermas em UTI da rede de hospitais particulares e a adquirir os medicamentos necessários. Repito: é obrigação do Poder Público e não favor ou “pacote de bondades”. Goiânia, por exemplo, é um centro médico bastante desenvolvido e, para quem pode pagar, as vagas em UTI sempre existem. Os que têm dinheiro usufruem das benesses de um tratamento de qualidade, que - segundo a Constituição Federal - deveria ser para todos(as). O SUS não pode dizer que não existem vagas em UTI. Só não existem para os pobres. Infelizmente, o Poder Público - no lugar de assumir suas responsabilidades constitucionais e éticas - prefere lavar as mãos e terceirizar (leia-se: privatizar, de maneira disfarçada) a saúde. Não podemos, sobretudo os trabalhadores(as), permitir que isso aconteça e que empresas privadas - mesmo chamadas de Organizações Sociais (OSs) - se enriqueçam às custas do sofrimento do povo. A saúde, que é um serviço essencial, deve ser pública Enfim, faço um apelo aos advogados/as - que, sensíveis à causa da justiça e dos direitos humanos, querem dedicar parte de seu tempo à prática do voluntariado - para que assumam gratuitamente (a gratuidade é um grande valor humano) a defesa das vítimas de casos de omissão de socorro no SUS (como o caso citado pelo O Popular), processando o Poder Publico e exigindo a devida indenização para os familiares da pessoa falecida. Diante dessa realidade, “é hora de nos despojarmos do comodismo, não deixar que a desilusão nos paralise e nos impeça de buscar novas formas de denúncia e de transformação destas estruturas de manutenção da exploração e da pobreza” (Pastorais Sociais e outros Organismos da CNBB. Eleições municipais 2012: Cidadania para a Democracia. Brasília-DF, fevereiro 2012, p. 14). (Há poucos dias, escrevi o artigo: Irmã Katherine Marie: a “Irmã dos SUS”, vítima do próprio SUS. Leia o artigo nos links: http://www.dmdigital.com.br/novo/#!/view?e=20120601&p=23; http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=67487 e outros). *Frei Marcos Sassatelli, frade dominicano, doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP), é professor de Filosofia da UFG (aposentado). E-mail: mpsassatelli(0)uol.com.br FONTE: http://www.correiocidadania.com.br/