sábado, 19 de fevereiro de 2011

Eleições CFESS-CRESS 2011-2014: conheça as chapas candidatas em todo o país


Os dias 23, 24 e 25 de março serão marcados pelas eleições do Conjunto CFESS-CRESS (triênio 2011-2014). E a pouco mais de um mês de assinalar seu voto, a categoria já se mobiliza para este grande momento, realizando calorosos debates, de norte a sul do Brasil, sobre o processo eleitoral. Quase 60 chapas vão concorrer às direções dos CRESS e Seccionais, o que demonstra uma participação e interesse dos/as assistentes sociais em debater os caminhos que o Serviço Social seguirá nos próximos três anos.

“É a categoria se organizando e legitimando este processo democrático das eleições do Conjunto CFESS-CRESS”, afirmou a presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Rosa Helena Stein. "Estamos falando de um processo que seu Código Eleitoral é definido pela própria categoria no maior espaço de deliberação dos/as assistentes sociais, que é o Encontro Nacional CFESS-CRESS", completou.

No dia 11 de fevereiro, o CFESS divulgou a carta-programa da chapa única que concorre à direção do Conselho federal, “Tempo de Resistência e Luta”. O material possui duas versões: completa e resumida. Os/as candidatos da "Tempo de Luta e Resistência" também lançaram um blog, que traz, além das propostas, os/as apoiadores/as da chapa.

"É fundamental que o/a profissional conheça as chapas e seus programas e participe dos debates e do processo eleitoral. O CFESS é o único conselho federal de regulamentação profissional cuja direção é eleita pelos/as profissionais por meio de voto direto não obrigatório. E nesse sentido, o voto é entendido como direito político e não como dever", defendeu a presidente do CFESS, Ivanete Boschetti.

Fonte: http://www.cfess.org.br

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

As origens do mal

Por >>>Edilson Adão Cândido da Silva



Como o imperialismo europeu transformou uma região pacífica no mais famoso barril de pólvora geopolítica da atualidade. Por Edilson Adão. Foto: Ahmad Gharabl/AFP

Os frequentes atos extremistas que assolam o Oriente Médio remetem à pergunta: hoje palco de tamanha violência, por que Jerusalém foi há pouco mais de um século lugar de convivência respeitosa entre judeus, muçulmanos e cristãos? Devemos considerar que até então a cidade encontrava-se sob a tutela do império turco-otomano, cujo califa de outrora, o sultão Osman III, através de um edito de 1757, delimitou muito bem os direitos e competências de cada religião que entendia ser sua a sagrada Jerusalém. As maiores confusões ficavam por conta dos cristãos, particularmente durante a Páscoa, quando a boa convivência dava lugar a vergonhosos acirramentos entre gregos ortodoxos, católicos armênios, coptas egípcios, maronitas sírios e outras comunidades cristãs. Mas, no geral, a convivência era boa e pautada pela tolerância, salvo excessos eventuais. Certa vez, entrevistei um octogenário palestino que me disse ser um judeu o melhor amigo de seu pai. Vizinhos, era -comum caminharem juntos pelas ruas da Palestina; seu pai virava à esquerda e entrava na mesquita, o amigo à direita para a sinagoga. Finalizadas as orações, encontravam-se na saída e continuavam o passeio. Essa utópica cena para os dias de hoje foi fato um dia na Terra Santa.

Não obstante celeumas ideológicas, é quase impossível não atribuir ao imperialismo europeu (logo, ao capitalismo), o barril de pólvora em que se transformou o Oriente Médio. O desarranjo lógico do território forjou ali as mais es-drúxulas unidades sem o mínimo lastro histórico-geográfico que justificasse a existência de certos países, em particular às margens do Golfo Pérsico, mas também nas areias do deserto. Fronteiras mal formuladas construíram gradativamente o clima de tensão que hoje se abate na região. A tensão evoluiu para violência na segunda metade do século XX, cujas três últimas décadas assistiram ao surgimento de um novo fenômeno: o fundamentalismo.

INTOLERÂNCIA: FENÔMENO DO SÉCULO XX

Quem matou o Mahatma Gandhi? Quem matou Yitzhak Rabin? Quem matou Anwar Sadat? Cada um desses líderes foi morto pelo fundamentalismo intrínseco à sua própria religião.

Apesar de litígios religiosos serem antiquíssimos, é no século XX que o extremismo torna-se fenômeno comum. Temos notícias de atentados religiosos desde o fim do século XIX, quando a Irmandade Muçulmana lutava contra o domínio britânico no Egito. Mas o parâmetro contemporâneo para aquilo que se convencionou designar como “fundamentalismo” podemos encontrar na Revolução Islâmica de 1979, quando o Irã converteu-se em uma teocracia xiita.

Contudo, é no cristianismo que residem os primórdios do fundamentalismo. Suas raízes estão ligadas ao protestantismo cristão norte-americano do século XIX, cuja leitura literal e dogmática da Bíblia difundia a crença de uma supremacia cristã e a não aceitação de outras verdades religiosas, fundamentos que tanto contribuíram para a formação da cultura Wasp (White, Anglo-Saxon and Protestant ou Branco, Anglo-Saxão e Protestante). Líderes norte-americanos passaram a se inspirar nesses preceitos para a orientação do modo de vida, num claro enfrentamento com a modernização da sociedade. Nessa linha, o homem deve pautar-se numa leitura ortodoxa da palavra de Deus, o Ser infalível que orienta todo o modus vivendi da sociedade. Para os fundamentalistas, qualquer interpretação da vida que não encontre uma justificativa bíblica deve ser refutada. A Bíblia não deve ser interpretada, como fazem os teólogos mais progressistas, mas simplesmente obedecida, pois é a verdadeira palavra de Deus: basta segui-la. A História, a Geografia e, principalmente, a Biologia nada acrescentam ao conhecimento. O evolucionismo deve ser banido como teoria e ser substituído plenamente pelo criacionismo – esta, sim, uma teoria embasada na palavra divina. O fundamentalismo consiste nesse comportamento de obediência extrema a um credo religioso, que não aceita conviver com outra perspectiva ou forma de explicação da vida. Há uma única verdade: Deus.

Na perspectiva fanática, portanto, a crença do outro está equivocada. Acontece que, quando o outro pensa da mesma forma, aflora a intolerância e a coexistência torna-se impossível. Resultado: conflitos e mortes. A origem disso é cristã, mas, nos dias de hoje, é o fundamentalismo islâmico o mais atuante de todos e seus feitos, os mais impressionantes.

O fundamentalismo é um movimento reacionário, pois pretende um retorno- aos valores tradicionais que fundamentam sua crença, numa clara oposição ao secularismo e à modernidade. A emergente Índia, por exemplo, candidata à condição de potência econômica nos anos vindouros, tem no combate ao extremismo religioso interno seu maior desafio. O Partido do Congresso, laico, tenta, a duras penas, construir uma nação secular, mas o oposicionista Barhatya Janart Party (BJP), de orientação fundamentalista hindu e que já governou nos anos 1990, luta por uma Índia teocrática, caminhando no sentido contrário e investindo na supremacia bramanista perante uma minoria muçulmana de mais de 150 milhões de habitantes. A atmosfera indiana é de pura tensão.

Tendo como grande ícone a Revolução Islâmica, a opção fundamentalista não ficou restrita ao xiismo; inclusive, nos dias de hoje, é na vertente do sunismo que temos os principais grupos atuando. A falta de atenção, no entanto, pode levar muitos a incorrer no mais comum dos erros: a confusão entre islamismo e fundamentalismo, visto que o noticiário pouco contribui ao discernimento das diferenças, podendo levar a entender o extremismo religioso como circunscrito ao islamismo. Sobre o significado da palavra Islã, o xeque Jihad Hassan Hammadeh, vice-presidente da Assembleia Mundial da Juventude Islâmica, uma das maiores autoridades brasileiras no assunto, informa que “islã”, na língua árabe, deriva da palavra “salam”, que significa paz, portanto, a essência da religião islâmica é a paz, seu alicerce é a paz, por isso é que a definição de islam é: submissão total e voluntária a Deus Único, então quem é voluntário a Deus deve praticar o que Ele ordena, que é a justiça, a paz, o amor, a solidariedade etc. Quanto à violência, a religião islâmica proíbe qualquer ato de injustiça contra qualquer ser e inclui também a agressão contra o meio ambiente. Deus disse no Alcorão (livro sagrado dos muçulmanos): “E quem tirar uma vida inocente é como se tivesse assassinado toda a Humanidade, e quem salvá-la é como se tivesse salvado toda a Humanidade”, portanto, o muçulmano é proibido de cometer qualquer ato de agressão injusta, dando-lhe, somente, o direito à legítima defesa, que é direito de qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo e em todas as religiões. Deus disse no Alcorão Sagrado: “E se punirem,- que punam da mesma forma como foram punidos,- e quem tiver paciência, é melhor para os pacientes”.

Alguns estudiosos do Islã afirmam ser equivocada a expressão “fundamentalismo” para designar os atos extremistas que marcaram o fim do século XX. Em sua concepção, o termo é totalmente infeliz, uma vez que se faz uma adaptação da realidade cristã à islâmica. Tal analogia é então descabida, pois as escolas de filiação religiosa são distintas. Enquanto no cristianismo a interpretação do fundamentalismo é visceralmente conservadora, antimodernista e arraigada aos valores tradicionais da Bíblia, no Islã, dá-se o contrário. Logo, o que vemos e classificamos hoje como fundamentalismo islâmico é exatamente o oposto daquilo que pregam os verdadeiros estudos dos fundamentos do Islã. Regimes como o iraniano ou o que era vigente até há pouco tempo no Afeganistão seguem o oposto daquilo que seriam os “fundamentos do Islã.”

Edilson Adão Cândido da Silva é mestre em Ciências pela USP, autor de Oriente Médio: A Gênese das Fronteiras (Editora Zapt) e professor de Geopolítica e Teoria das Relações Internacionais no Ensino Superior

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Baixada Santista: umento na tarifa do transporte coletivo gera queixa entre usuários

O reajuste na tarifa dos ônibus intermunicipais causou revolta e muitas reclamações entre usuários do transporte público. O aumento, que entrou em vigor neste domingo, varia de R$ 2,70 a R$ 18,10, dependendo do percurso.

A passagem das linhas que circulam entre Santos e São Vicente subiram de R$ 2,90 para R$ 3,10. Já nas vans, que circulam apenas em São Vicente, o valor passou de R$ 2,10 para R$ 2,30.






A professora Patrícia Santana, moradora de São Vicente, considerou o aumento “abusivo”. Ela trabalha em Itanhaém e estava acostumada a gastar cerca de R$ 200,00 mensais com transporte. “Eu fico, em média, uma hora e meia no ponto de ônibus e estou gastando muito”.

Patrícia esperava o ônibus com uma amiga, a também professora, Nilzete Andrade de Souza. Ela não costuma utilizar o transporte intermunicipal, mas usa diariamente as vans. “Lotação. O nome já diz tudo. É lotado, sujo e o serviço é péssimo. Já vi vários casos de descaso com idosos e estudantes”, afirmou.

Qualidade das lotações é péssima, afirmam internautas



Para os internautas de A Tribuna On-Line, a qualidade das lotações de São Vicente é péssima. Em enquete realizada com 422 participantes, 55% se mostraram totalmente insatisfeitos com o transporte coletivo oferecido no Município. Outros 21% avaliaram a qualidade das vans como ruim.

Para 14% dos internautas, as lotações têm qualidade regular. Somente 10% dos participantes avaliaram o transporte como ótimo ou bom (5% para cada opção).

O levantamento foi realizado entre os dias 11 e 13 de fevereiro.

* Com informações de A Tribuna

Fonte:http://www.atribuna.com.br