quinta-feira, 17 de março de 2011

Santos - SP: tartaruga pesando 400kg é encontrada na Praia


Veterinária diz que tartaruga encontrada na Ponta da Praia permanecerá no Aquário para tratamento

A tartaruga gigante encontrada pela manhã no canal do Estuário permanecerá no Aquário por no máximo 10 dias, adiantou a veterinária Cristiane Lassálvia, que acompanhou, com biólogos e técnicos do Aquário, o processo de transporte do animal.

De acordo com a especialista, por consumir apenas águas-vivas, que não estejam mortas, o animal marinho receberá alimentação parenteral, soro, vitaminas e antibiótico.

“Vamos melhorar seu estado clínico geral para devolvê-la ao mar o mais breve possível”, explicou.

Serão colhidas amostras de sangue para a realização de hemograma e avaliação de bioquímica sanguínea e, se necessário, o animal será submetido a raios-X.

Espécie ameaçada

A tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) foi vista por pescadores que estavam em embarcações paradas no canal do Estuário. Sentindo a dificuldade do animal, pescadores pularam na água e encaminharam a tartaruga até a parte da areia para que fosse feito o resgate.

O transporte do animal que pesa cerca de 400 kg e mede por volta de 1,80 m, sendo 1,50 somente de casco, envolveu nove pessoas, entre policiais ambientais e técnicos do Ibama.

De espécie criticamente ameaçada de extinção, o animal foi transportado com a cabeça, nadadeiras e carapaça protegidas por uma manta plástica. Cordas e redes auxiliaram na locomoção da tartaruga.

O animal permanecerá isolado em um tanque de 2,5 m de diâmetro e 2 mil litros de água salgado. O espaço permite acesso apenas a profissionais do Aquário.

“Trata-se de um animal diferenciado, que vive em alto mar, encontrado em todo o Oceano Atlântico, mas que, no Brasil, desova apenas no litoral do Espírito Santo, isto é, retornando ao local onde nasceu, uma característica das tartarugas marinhas”, explicou o biólogo Demétrio Martinho, lembrando que essa espécie não sobrevive em cativeiro.
Fonte: http://www.atribuna.com.br

domingo, 13 de março de 2011

Guarujá - SP: trabalhadores sergipanos acusam empresa em Guarujá de irregularidades


Os operários vieram de São Domingos, Sergipe, e estão alojados em uma casa com condições precárias

Trabalhadores da Engetal Engenharia, que presta serviços para a Prefeitura de Guarujá nas obras de canalização do Rio Acaraú, na Vila Áurea, em Vicente de Carvalho, acusam a empresa de ferir direitos trabalhistas.

Os seis operários vieram da cidade de São Domingos, em Sergipe, e estão alojados em condições precárias numa casa em Vicente de Carvalho. Depois de um mês de trabalho, na última sexta-feira a empresa comunicou que eles seriam demitidos.

O encarregado Osmar de Jesus Silva, de 22 anos, alega que a empresa não depositou corretamente o valor das verbas rescisórias e que desde sexta-feira os seis não recebem alimentação da empreiteira. “Nós nos recusamos a assinar a demissão e queremos nossos direitos”.

Sem motivo

Segundo Osmar, os trabalhadores viajaram três dias para chegar em Guarujá, com a promessa de que o serviço duraria pelo menos um ano.

“Sem mais nem menos eles demitiram a gente. Fizemos dívidas em nossa cidade para comprar as passagens e vir para cá. Agora o dinheiro que eles depositaram praticamente não paga a nossa volta para casa”, revolta-se Osmar, que deixou na cidade natal a mulher e um filho de apenas 15 dias.

A casa onde os operários estão morando não tem condições mínimas de habitabilidade. O banheiro está com problemas de extravasamento de esgoto e um dos cômodos está alagado por causa de uma infiltração de água na laje.

Micose

O ajudante de pedreiro Rafael dos Santos, de 20 anos, alega que contraiu uma micose por falta de equipamento de trabalho. “Tive que entrar no Rio Acaraú sem botas adequadas e agora estou com várias feridas na perna”.

Diego de Jesus Santos, outro ajudante de 20 anos, mostra que na carteira de trabalho a remuneração é por horas trabalhadas. Cada hora vale R$ 3,77. “Um ajudante ganha cerca de R$ 830,00. Trabalhamos um mês e depositaram pouco mais de R$ 600,00, já contando com as verbas rescisórias. Tá errado”.

O encarregado geral da Engetel, Ely de Almeida, nega as acusações. Ele argumenta que a empresa pagará as passagens para o retorno dos trabalhadores a Sergipe.
“O contrato de trabalho é de 45 dias, prorrogáveis por mais 45. Eles trabalharam 30 dias, nós pagamos 45 dias mais a multa. Estou à disposição para acompanhá-los ao Ministério do Trabalho para que um novo cálculo seja feito”.

Em relação à alimentação, Ely garante que o estabelecimento próximo ao alojamento conveniado com a empresa continua fornecendo refeições para os operários. “Também nos prontificamos a acompanhar o trabalhador que contraiu a micose ao médico e no exame demissional. Arcaremos com despesas de atendimento e com os medicamentos”.

Obra

Segundo Ely de Almeida, as obras, orçadas em R$ 8 milhões, seguem normalmente. Os serviços haviam sido paralisados em outubro de 2008 por falta de prestação de contas do governo municipal junto ao Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade). A obra recomeçou no início deste ano.

Fonte: http://www.atribuna.com.br

Cubatão - SP: Prefeitura abre Concurso Público para 250 vagas na área de saúde


Prefeitura de Cubatão abre nesta segunda-feira inscrições para concurso público

A Prefeitura de Cubatão faz processo seletivo para 250 vagas na área da saúde em vários níveis de escolaridade (fundamental, médio e superior completo). O edital será publicado nesta segunda-feira, quando começam as inscrições.

As funções disponíveis são: médico generalista (22); enfermeiro (22); auxiliar de enfermagem (32); agente comunitário (117); dentista (cadastro de reserva); auxiliar de cirurgião dentista (9); fisioterapeuta (4); psicólogo (9); educador físico (3); assistente social (2); fonoaudióloga (2); auxiliar administrativo (22); médico ginecologista/obstetra (4) e supervisor (2). Para o cargo de agente comunitário, as 117 vagas serão distribuídas de acordo com o número de vagas por bairro.

As inscrições podem ser realizadas no Posto de Atendimento ao Trabalhador de Cubatão – PAT (na Rua Doutor Fernando Costa, 1.096 – Vila Couto) ou pelo site do Gruhbas Projetos Educacionais e Culturais www.gruhbas.com.br.

Fonte: http://www.atribuna.com.br

Praia Grande - SP: homem tem AVC, espera vaga, mas morre na fila


Maurício Martinez morreu enquanto família fazia vigília do lado de fora do PS Central

Quarta-feira de Cinzas. 12h20. O telefone da sucursal de A Tribuna em Praia Grande toca. "É da Tribuna? Preciso da ajuda de vocês. Meu irmão deu entrada com AVC no PS Central segunda-feira. Ele precisa de uma vaga na UTI e até agora não conseguiu".

Desde segunda-feira, a família de Maurício Martinez, morador de Praia Grande, vivia um drama que tem sido comum a dezenas de outras famílias que dependem do SUS da região: aguardar a liberação de vaga em UTI.

Vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o paciente de 52 anos, ironicamente, até ontem estava no Pronto-Socorro Central, a poucos metros do Hospital Irmã Dulce. Um local que, teoricamente, poderia recebê-lo, já que tem 20 leitos de UTI Adulto. Mas todos estavam ocupados.

No entanto, apesar da proximidade, até ontem à tarde, Martinez ocupava um leito no Pronto-Socorro Central, serviço no qual, também teoricamente, deveria ficar somente o tempo necessário para receber o primeiro atendimento, até ser estabilizado e levado para um leito de UTI.

Como ocorre nos demais municípios da Baixada Santista, para conseguir leito na UTI de qualquer hospital público da região, o paciente depende da Central Reguladora de Vagas, controlada pela Secretaria da Saúde do Estado. Sem saberem a quem recorrer,a mulher e a irmã do paciente, Rosimeire Sanchez Martinez e Luciana Marchini de Carvalho, respectivamente, temiam pela vida de Martinez e assistiam, impotentes, à sua gradativa piora.

"Eles falam que o estado dele é estável",contou Luciana."No primeiro dia (segunda-feira) ele não estava entubado.Mas ontem(terça-feira),tiveram de entubá-lo". Conforme Luciana, terça-feira, enquanto levavam Martinez para fazer tomografia, a família percebeu uma movimentação estranha e notou que algo grave estava acontecendo.

"Fomos falar com o médico e pedimos para ver o prontuário dele", relatou a irmã do paciente. "Aí, o médico disse que ele tinha tido uma parada (cardiorrespiratória)". Durante toda a tarde, Luciana ficou do lado de fora do PS Central, ao lado da cunhada, tentando obter informações sobre o quadro clínico do irmão e a respeito da vaga.

Às 16h45, a irmã do paciente, por telefone, já não tinha esperança. "Estou esperando a hora. Ele vai morrer sem ter a menor dignidade, sozinho, num canto da emergência. Ele entrou no pronto-socorro andando e falando. E só foi piorando. Não melhorou em nenhum momento".

Segundo Luciana, na sala da emergência, o irmão ficava a maior parte do tempo sem assistência. "Burlo, toda hora, o segurança que fica na porta e vou até a porta da emergência e vejo que não tem ninguém ali. Ele vai morrer abandonado". Maurício Martinez morreu ontem, às 18h15, na sala de emergência do PS, enquanto a família fazia vigília do lado de fora.

Secretário faz críticas à Central

O secretário de Saúde de Praia Grande, Adriano Bechara, afirmou que houve demora para conseguir leito de UTI na região. A Central Reguladora de Vagas do Estado diz que desde o início havia vaga de UTI e que o paciente não fora removido por conta apenas de seu quadro clínico.

Bechara tem outra versão. Segundo o secretário municipal de Saúde, a vaga de UTI surgira somente ontem, durante o dia, em outra cidade. "Não sei ao certo qual hospital era", disse Bechara. "O paciente estava num estado tão grave, que ele não teria condições hemodinâmicas para ser transportado numa ambulância-UTI. A chance dele morrer no caminho seria muito grande. Então, o médico contraindicou a remoção".

De acordo com o secretário, "a vaga surgiu fora do tempo, depois de quando poderia ser feita alguma coisa". Devido à gravidade do caso de Martinez, não é possível dizer se ele sobreviveria caso fosse para a UTI. "O final poderia ser o mesmo, ele entrar em morte cerebral. Mas ele teria o tratamento de terapia intensiva. Se o pronto-socorro fosse suficiente, não precisaria de UTI", ressaltou o secretário de Saúde.

"O que cabia a nós foi feito", garantiu Bechara. "Ele teve tratamento com clínico geral, neurocirurgião; recebeu todas as medicações; fez tomografia. Mas não tinha vaga de UTI. Todos os leitos da Cidade estavam ocupados".

Na avaliação de Bechara, a localização da Central de Regulação de Urgência e Emergência diminui a agilidade de resposta do serviço. "Ela é centralizada em São Paulo e está sendo alvo de críticas de vários secretários de Saúde, que não estão se sentindo confortáveis de ter uma central de regulação longe de nossa região", explicou. "Já fizemos uma reclamação informal", prosseguiu. "Até agora não foi resolvido. Acredito que tenha de ser solucionado e o Estado tenha de se posicionar, se acha que esse sistema é o melhor".

Fonte: http://www.atribuna.com.br