quinta-feira, 30 de junho de 2011

UFRJ decide acabar com vestibular e adotar o Enem

Mudança vale para o próximo processo seletivo.
Estudantes terão de se inscrever no SiSU para concorrer a vagas.



A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decidiu nesta quinta-feira (30) que irá oferecer 100% das vagas do vestibular 2012 pelas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011. Os estudantes terão de se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para concorrer a vagas.

A decisão foi tomada pelo Conselho Universitário, com proposta do reitor Aloísio Teixeira. Participaram da reunião representantes de professores, alunos e servidores. Do total de vagas, 30% serão destinadas para alunos de escolas públicas. Mas desde que a renda per capita familiar não ultrapasse um salário mínimo (R$ 545).

No vestibular 2011, a universidade ofereceu 9.060 vagas, sendo que 40% delas foram preenchidas pelo vestibular tradicional, 40% por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) do Ministério da Educação e 20% também pelo SiSU, mas para candidatos optantes pelo sistema de cotas.

Segundo a universidade, desde o vestibular 2010, já consta no edital que os candidatos devem se inscrever no Enem. O mesmo ocorreu no edital de 2011.

Inscrições para o Enem se encerraram

As inscrições para a próxima edição do Enem se encerraram no dia 11 de junho. De acordo com o Ministério da Educação, 6.221.697 estudantes se inscreveram no Enem, que será realizado em 22 e 23 de outubro.

O Enem é usado por universidades públicas e privadas para o acesso ao ensino superior. Também pode ser usado para se obter a certificação do ensino médio. Com a nota do Enem, o estudante se inscreve no SiSU e escolhe o curso e a universidade onde quer estudar - os interessados em cursar a UFRJ terão de buscar as vagas que serão oferecidas pela instituição dentro do sistema do MEC.

As universidades têm autonomia para usar o Enem, com quatro possibilidades de utilização:como fase única, com o SiSU; como primeira fase do vestibular; combinado com o vestibular da instituição ou como fase única para as vagas remanescentes.

Fonte: http://g1.globo.com

terça-feira, 28 de junho de 2011

Longe das praia e dos golfinhos, a Noronha que o turista não vê esconde favelas, hospital sucateado, ensino de faz de conta e uma liberdade vigiada

OS SEM-TETO DA ILHA
Crianças que moram no Carandiru, prédio público com nome de presídio, ocupado por famílias que não têm onde morar


">

A FAVELA DE ZINCO

O paraíso às avessas. Em texturas, retratos e flagrantes que se distanciam dos dias ensolarados, do azul cristalino do oceano, da beleza exuberante de uma Fernando de Noronha que o mundo acostumou-se a enxergar ou a imaginar. Aqui o cartão-postal emoldura uma outra ilha: a República de Noronha. O turista vai e não vê. Ninguém vê. Ninguém sabe dos meninos de pés de plásticos que desafiam a lama para chegar à escola, num ritual tão humilhante quanto cotidiano. O pacote turístico não prevê visitas ao Carandiru, como é chamado o prédio público ocupado por famílias que vivem espremidas em quartinhos, disputando varal e banheiro coletivos. Tampouco passeia pela favela de iglus, que se esconde no quintal do Projeto Tamar. Este, sim, visitado e festejado. Coisa de Primeiro Mundo. Mas quem se arrisca a olhar por trás das maquetes de tartarugas gigantes que enfeitam o local vai descobrir moradores vivendo em casas de zinco, com ratos, mosquitos e paredes que dão choque quando chove.

Foi do exercício incômodo de olhar para muito além do alumbramento que emergiram as imagens deste especial. Nessa outra ilha, aqui desvendada, o dinheiro público destinado à escola é desperdiçado em equipamentos que envelhecem em caixas fechadas; professor morto figura em lista para receber gratificação; salas de hospital viram depósitos; médicos dão diagnósticos errados; livros se estragam para beneficiar interesses privados. As leis na República de Noronha se ajustam às conveniências políticas. São códigos próprios. Estabelecidos em função de práticas nem sempre republicanas. O que é proibido a muitos vira autorização para poucos. Pelo ato milagroso de uma simples canetada.

O que se viu e ouviu quebra o silêncio. Escancara o absurdo. A reportagem espia lá dentro. Entra nas casas, na escola, no hospital, na usina de lixo. E em todos esses lugares descobre flagrantes de irregularidades, má gestão, descaso, abandono, tráfico de influência e desrespeito ambiental. Ao mudar o foco, a paisagem se desloca de lugar. Deixa de ser as praias deslumbrantes, os simpáticos golfinhos, os morros e picos, o fundo do mar. Passa ser a gente da ilha. Não a que passa, tira fotos, gasta milhares de reais, se encanta e vai embora. Mas a que dorme e acorda, com suas crianças e adultos vivendo amontoados por não ter onde morar. É gente que não pode, mas precisa pagar, no mercado negro, R$ 60 mil por uma folha de papel apenas para ter o direito de comprar um carro ou uma moto (o preço do carro e da moto é por fora). Ou que espera meses, anos até, por uma autorização para consertar o telhado de casa ou comprar um vaso sanitário.

Pela primeira vez na imprensa nacional, a ilha paradisíaca fincada no meio do Atlântico ganha as páginas de um jornal para ser descrita e esmiuçada de uma outra forma. Sob uma nova e desconcertante perspectiva. É o antipostal, com as margens pretas, em vez de brancas. Contar o outro lado dessa história trouxe revelações surpreendentes. No esforço de dar voz a quem nunca ousou falar, descobriu-se uma Noronha que respira uma liberdade velada, inimaginável nos atuais dias de democracia brasileira. Uma falta de liberdade que lembra o ar vigiado de uma outra ilha, no Caribe, a ilha do ditador Fidel Castro. Realidades diferentes, mas com similitudes no sentimento de quem vive como se tivesse a alma aprisionada.

Não se descobre a Cuba que Noronha esconde no primeiro momento. No imediato contato. Ela vai se impregnando aos poucos, se revelando em pequenos gestos e preciosos detalhes. Quanto mais se conhece essa outra Noronha, mais parecida com Cuba ela vai ficando. E nada é mais Cuba em Noronha do que a impossibilidade da livre expressão. Não de uma forma escancarada, com sanções publicadas em diário oficial e tanques nas ruas, como ocorre nas ditaduras personificadas por generais autoritários. O regime aqui é outro. A opressão é disfarçada. Acontece da porta de casa para dentro. Justamente por ser camuflada torna-se ainda mais difícil de ser combatida. Não se derruba o que não se vê. Apenas se sente.

É de sentimentos, abafados e escondidos, que é feita esta reportagem. A coragem de trazê-los à tona por moradores cansados de um isolamento geográfico, político e cultural lançou interrogações intrigantes no ar. Como uma ilha com apenas quatro mil habitantes e 17 quilômetros quadrados convive com tantas mazelas sociais e vícios de gestão pública típicos de grandes metrópoles ou de sertões esquecidos? E por que esse outro arquipélago, até então sinônimo de paraíso, demorou tanto para ser descoberto? Nas páginas deste especial, Fernando de Noronha como nunca se viu. Como sequer se supunha existir.

Favela em Fernando de Noronha tem nome de presídio. Chama-se Carandiru. É um prédio público, escondido no fim de uma rua enlamaçada e ocupado por famílias que não têm onde morar. São nove adultos e sete crianças disputando o mesmo banheiro, o mesmo varal. Brigando por eles até. Pai, mãe e filhos espremidos em quartinhos sem nenhuma privacidade. Quando chove, tem que colocar prego no forro, porque senão o teto cai na cabeça das crianças. Já ocorreu outras vezes. Toda noite, o medo é que aconteça de novo.

Favela em Fernando de Noronha não é de taipa. É de zinco. O lugar mais parece um ferro-velho, com casas de metal retorcido e queimado. São os iglus. Herança dos soldados americanos. Do tempo da Segunda Guerra Mundial. Lá também ninguém dorme quando chove. É que as paredes dão choque. Vez ou outra um iglu pega fogo. A última vez foi no Carnaval deste ano. Quando viram, o ferro já tinha sido devorado pelas chamas. O local é condenado pelo Corpo de Bombeiros e pela Vigilância Sanitária. Lá vivem 11 pessoas que não têm para onde ir. Por causa dos riscos, a qualquer hora elas temem que uma medida judicial mande o trator colocar tudo abaixo. Até lá, esperam por uma casa de tijolo que nunca chega.

“A gente vai falar com o administrador e ele enrola: ‘Daqui a um mês eu dou a resposta’. Isso é o que ele diz para todo mundo. Mas eu não posso mais esperar. Quem vai responder pela minha morte, do meu neto, do meu filho? Eu vivo aguardando o choque fatal”, desabafa Maria das Graças Caldas, que há seis anos vive na favela de zinco. Nascida em Noronha, ela ganha a vida como guia turística. E se envergonha do lugar ondemora. “Quando os turistas insistem em me deixar em casa, eles se assustam com o que veem. Ficam surpresos que exista favela em Fernando de Noronha. Não me orgulho de trazê-los aqui. Mas não posso viver como fantasma.”

Descobrir as favelas que se escondem no paraíso exige esticar o olhar para além da paisagem. Os iglus condenados ficam por trás do Projeto Tamar, que monitora espécies de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção. Dia e noite dezenas de turistas visitam o local para assistir a palestras, comprar suvenires, ver e admirar a Noronha ecologicamente correta que cuida e preserva a natureza. Saem de lá encantados, sem saber que no quintal das famosas tartarugas dona Graça passa a noite acordada com ratos dentro de casa e medo de choque elétrico.

O Carandiru é ainda mais invisível. Só passa pela rua de lama, na Vila do Trinta, onde as famílias se amontoam no prédio invadido, quem vive o dia a dia da ilha. E como é viver num lugar com nome de presídio? Quem responde é Airon Pereira, 28 anos, nascido no arquipélago. “Eu nunca fui preso, mas é um sentimento muito ruim. Pesa na gente. Tento não lembrar desse nome, já que não tenho outra saída”, resigna-se. Ouvir a sua história é acompanhar como a ilha dos ilhéus, de muitos anos atrás, foi se transformando na ilha dos turistas, dos dias de hoje. “As casas onde antes a gente comia e tomava banho viraram quartos de aluguel, pousadas. As famílias vivem espremidas num quartinho no quintal porque a casa foi adaptada para virar hospedaria”, diz.

A fala de Airon sintetiza uma parte da realidade da ilha na questão habitacional. Como o custo de vida em Fernando de Noronha é altíssimo, só ganha dinheiro quem trabalha com turismo. E, para muitos moradores, a única forma de fazer dinheiro é abrindo mão da própria casa para transformar em quartos para turistas. O problema é ainda mais grave porque as famílias se reproduzem, os filhos crescem, casam, separam e não há para onde ir. Ficam todos espremidos no mesmo quartinho nos fundos de casa.

A outra ponta do problema é mais complexa. Diz respeito aos que nem sequer têm casa ou um terreno para morar. Um quartinho em Fernando de Noronha chega a custar R$ 1.000, o aluguel. Para quem ganha R$ 1.200 de salário, como Airon, só resta o Carandiru. Existe hoje uma lista com mais de 300 moradores em Fernando de Noronha esperando casas do governo. Airon diz que tem vergonha de ir na administração e mostrar seu rosto lá. Porque toda vez que ele vai escuta a mesma coisa: “Você é só mais um morador que passa pelo mesmo problema”. Ele é só mais um sem-teto na ilha paradisíaca.

">

Fonte: http://www2.uol.com.br/

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A força das redes sociais: Natal (RN) vive dias de Indignad@s

Em acampamento de 11 dias contra prefeita Micarla de Souza, manifestantes vivem dias de lutas e conquistas






Por>>> Rudson Pinheiro Soares de Natal (RN)

Integrantes do Movimento #ForaMicarla – criado nas redes sociais e que pede o impeachment da Prefeita de Natal (RN), Micarla de Souza (PV), a “Borboleta”, como é conhecida – desocuparam no último dia 17 o pátio do parlamento municipal depois de 11 dias acampados.

Os manifestantes deixaram o local, após acordo assinado entre eles, os 21 vereadores da casa, o Ministério Público e a OAB.No acordo os veredores assumiram o compromisso de atender duas reivindicações: a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar os contratos administrativos da Prefeitura – com presidência ocupada pela oposição e sem a presença de parlamentares que, de alguma forma, possuam contratos com a Prefeitura – e a realização de uma Audiência Pública sobre o caos administrativo em que, segundo os manifestantes, se encontra a cidade.

O Movimento #ForaMicarla encerrou o Acampamento “Primavera sem Borboleta”, mas promete firmeza no propósito de derrubar Micarla, cuja administração é acusada de corrupção e de abandono da cidade.

Após a realização da Audiência Pública, o Movimento divulgou Carta Aberta intitulada “Reflexões sobre as primeiras batalhas”. O documento, em um dos trechos, afi rma: “Foi preciso superar a noção de que protestar é uma coisa fora de moda, que não gera resultados, que é coisa de gente baderneira. Rasgar o véu do individualismo, do consumismo, do imediatismo”.

Os integrantes do #ForaMicarla acreditam que as investigações da CEI levarão ao impeachment da Prefeita e afirmam que as manifestações continuarão. Acompanharão os trabalhos da CEI e, com isso, farão um relatório paralelo. “O nosso caminho ainda pode ser longo e tortuoso. Mas agora, companheiros( as) que somos, andamos melhor”, diz a Carta Aberta, conclamando todos os que se sentirem contemplados pelas palavras e ações do #ForaMicarla a se juntarem ao Movimento. “Da inércia para o movimento basta um pulo. E quem não pula quer Micarla”, conclui a Carta.

Onze dias de tensão e resistência

O Acampamento “Primavera sem Borboleta” teve início no dia 7 de junho, quando manifestantes foram até à Câmara protestar contra o fato de uma CEI sobre os contratos de aluguéis da Prefeitura não ter a presença da oposição, nem na relatoria e nem na presidência, e contra o fato de um dos membros da Comissão, o vereador Albert Dikson (PP), possuir contrato com a administração municipal.

Em seguida, já acampados, os manifestantes tomaram conhecimento, pelo Diário Oficial, da extinção da CEI. “Eles achavam que, ao extinguirem a CEI, ficaríamos sem pauta de reivindicações. Enganaram-se redondamente”, diz Mozart Neto, advogado, um dos articuladores do Movimento nas redes sociais e presença constante no acampamento.

A Câmara Municipal ingressou com um Mandado de Segurança solicitando a desocupação do pátio. O pedido foi acolhido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e a retirada dos manifestantes foi marcada para ocorrer no dia 14, ao meio dia, quando os acampados se armaram de flores brancas para receberem a polícia.

No mesmo dia, Micarla de Souza, em entrevista coletiva, afirmou, mais uma vez, que estava aberta ao diálogo e que o Movimento foi articulado por quem foi derrotado nas urnas, em 2008. “Resolvi convidar vocês para participarem dessa entrevista, a fi m de comunicar a toda a população natalense que não irei aceitar qualquer tipo de ilação, qualquer tipo de questionamento com relação à lisura de nossa gestão”, sentenciou a Prefeita.

Em carta aberta à Prefeita, o Movimento comentou sua entrevista: “O que testemunhamos foi a persistência de um discurso marcado pela desqualificação dos que contestam de maneira franca o seu trabalho, pela falta de auto-crítica e de disposição em participar de um debate amplo e aberto a todos”.

No entanto, graças a uma mediação da Ordem dos Advogados do Brasil sessão Rio Grande do Norte junto ao Presidente da Câmara, vereador Edivan Martins (PV), a invasão policial foi adiada por 24 horas, para o dia 15. Martins pediu à polícia que esperasse por mais um dia e prometeu atender as reivindicações, ainda que parcialmente; o que não fez. No dia seguinte, o pleno do TJRN autorizou o uso da força policial para às 18h.

Para a hora da desocupação foi marcada via redes sociais uma mobilização que promoveu um buzinasso por toda a cidade e o acampamento, que à esta altura já contava a presença de militantes de diversos coletivos, partidos e movimentos sociais, lotou de simpatizantes.

Na hora “H”, o mandado do TJRN que autorizava o uso da força policial foi derrubado por uma liminar emitida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), articulada por estudantes de direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Em reação à decisão do STJ, os manifestantes, carregados de muita emoção, cantaram o hino nacional, “uma cartarse que muitos(as) lembrarão pelo restante de suas vidas”, diz a Carta Aberta.

Do baile à prefeitura

Antes do acampamento, outras manifestações contra Micarla de Souza já haviam ocorrido. Em janeiro deste ano, estudantes se mobilizaram contra o aumento das passagens de ônibus. Já em março, no tradicional Baile de Máscaras de abertura do carnaval da capital potiguar, houve outra manifestação e a prefeita, avisada, faltou à entrega da Chave da Cidade que ocorreria na ocasião. Durante o carnaval, a manifestação seguiu com o bloco do “Xô Inseto”, alusivo ao apelido de Micarla. Em 25 de maio, 2000 pessoas foram às ruas pedir a saída da Borboleta. Fizeram o mesmo no dia primeiro de junho.

Durante o acampamento, outros atos pela cidade foram realizados, dias 9 e 15 de junho, nas duas ocasiões contra o uso da força policial. Por fi m, o ato de desocupação, no dia 17. “O Egito é aqui” é um dos slogans do Movimento, em função das transformações naquele país e pelas manifestações terem sido viabilizadas, em parte, através das redes sociais. “A cada ato que fazemos, o Movimento aumenta de tamanho” diz a agora ex-acampada Vani Silva, assistente social e estudante de direito.

Fonte: http://www.brasildefato.com.br

domingo, 26 de junho de 2011

Morre o ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza





O ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza, 65 anos, morreu na noite deste sábado (25) após sofrer um infarto fulminante na cidade de São Roque, interior de São Paulo, onde passava o feriado de Corpus Christi em um hotel da cidade.

Segundo informações da assessoria do governo do Estado de São Paulo, Paulo Renato chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O velório deve ser realizado neste domingo (26) na Assembleia Legislativa de São Paulo.

No Twitter, o ex-governador de São Paulo José Serra lamentou a morte de Paulo Renato. "Foi-se Paulo Renato, meu querido amigo, um dos maiores homens públicos do Brasil. Foi um grande secretário e um grande ministro da Educação", escreveu Serra.

Assim como Serra, outros políticos lamentaram a morte do ex-ministro. "Grande perda para o Brasil e para os amigos o falecimento do Paulo Renato de Souza" , escreveu o secretário estadual da Cultura de São Paulo, Andrea Matarazzo.

"Estou chocado com a perda do amigo Paulo Renato Souza, o melhor chefe que tive em toda minha vida! Ministro da Educação de FHC", escreveu o coordenador de Comunicação da Secretaria de Transportes Metropolitanos, Raul Christiano.

Paulo Renato Souza

Nascido em Porto Alegre, Paulo Renato era formado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Um dos fundadores do PSDB, foi Ministro da Educação no governo Fernando Henrique Cardoso (entre 1995 e 2002) e Secretário de Educação do Estado de São Paulo no governo José Serra (entre 2009 e 2010) e no governo Franco Montoro (entre 1984 e 1986).

Dentre as suas maiores realizações à frente do ministério da Educação estão o ENEM e o SAEB. Na década de 80, foi Reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Na década de 70, Paulo Renato foi especialista das Nações Unidas em questões de empregos e salários. Ele também foi vice-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, em Washington.

Fonte: http://www.atribuna.com.br

Brasileiro é eleito para chefiar órgão da ONU contra a fome


José Graziano será o diretor da FAO, após vencer disputa com candidato espanhol

O brasileiro José Graziano da Silva, 61, foi escolhido neste domingo (26) para ser o diretor-geral da FAO (o órgão da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, da sigla em inglês), cujo maior desafio é o combate à fome no mundo. A informação foi confirmada pelo Itamaraty, em nota à imprensa.

Ele recebeu 92 dos 180 votos válidos na disputa. A escolha aconteceu hoje em Roma (Itália), onde fica a sede do órgão, durante sua 37ª conferência. Graziano iniciará seu mandato no dia 1º de janeiro de 2012 e ficará no cargo até 31 de julho de 2015.

Idealizador do Fome Zero e ex-ministro no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o brasileiro é especialista em segurança alimentar e já ocupava o cargo de subdiretor da FAO. Neste sábado (25), ele disse que o mundo precisa de uma FAO forte e eficaz, agora mais do que nunca.

- Houve um longo período de negligência na agricultura, pesca, florestas e desenvolvimento rural e segurança alimentar. A atual crise econômica global e a de alimentos é uma ligação para despertar. Para nos lembrar como estamos interligados, e é mais evidente na alimentação e na agricultura.

Para ele, uma nação só pode fazer muito para estimular sua agricultura e garantir seu acesso aos alimentos. Outros temas têm de ser tratados em grande escala, incluindo a segurança alimentar, doenças transnacionais, a conservação dos bancos de pesca nos oceanos e o impacto da mudança climática.

Graziano disse que membros da FAO chamaram a uma maior cooperação técnica em novas áreas. Antes de saber do resultado da eleição ele disse que, caso fosse eleito para a presidência da organização, tentaria aumentar a cooperação internacional.

- Estamos de acordo que FAO tem muito por fazer para melhorar sua eficácia e livrar-se da burocracia. A organização deve descentralizar-se, mas não de modo que "em uma caibam todas". Estou feliz porque muitos governos, principalmente da América Latina, Ásia e África, tenham demonstrado interesse em aprofundar seus trabalhos com a FAO para melhorar a situação da mulher.

Prioridade

Graziano afirmou que a África tem de continuar sendo a maior prioridade da FAO. Aludiu ao novo conceito de "economia azul" para a conservação dos recursos marítimos e aos países que enfrentam a falta de água na Ásia Central, Oriente Médio e Norte da África e que veem na FAO um papel fundamental para solucionar o problema.

Fonte: http://noticias.r7.com